Um supervulcão, para além de ser um vulcão muito grande, dá origem a erupções extremamente explosivas (apropriadamente classificadas como "mega colossais") em que são ejectadas mais de 500 km3 de cinzas e outro material piroclástico, uma quantidade suficientemente grande para atapetar áreas equivalentes ao tamanho de metade dos Estados Unidos da América.
Só para servir de comparação, a erupção do Tambora em 1815, a maior erupção registada na história moderna, expeliu apenas cerca de 100 km3 o que foi suficiente para fazer diminuir a temperatura global durante 3 anos seguidos, tendo 1816 ficado conhecido como “o ano sem verão”.
O efeito destrutivo dos supervulcões foi já mediatizado tanto pela
BBC como pelo
Discovery Channel sob a forma de
docudramas carregados de efeitos especiais sobre hipotéticas erupções das
caldeiras de Yellowstone, o maior e mais conhecido supervulcão. Mas há quem pense que há aproximadamente 71000 anos, uma erupção na caldeira com 100x30 km do
Toba, na Indonésia, quase provocou a
extinção da espécie humana, reduzindo a sua população a apenas algumas dezenas de milhares de indivíduos depois das suas cinzas terem bloqueado a entrada de radiação solar na atmosfera e causando a queda das temperaturas globais em cerca de 3ºC durante vários anos.
Felizmente estas erupções são raras, ocorrendo em média 1.4 por milhão de anos (
Mason et al., 2004), não existindo grandes razões para alarme (excepto se Hollywood decidir tornar este fenómeno em mais um mau
disaster movie), pelo menos a curto prazo. Mas não custa nada ter estes gigantes debaixo de olho...
1 comentário:
Vi o docudrama da BBC e achei muito bom. Perto da realidade, pelo menos no que diz respeito aos sinais, métodos de trabalho e consequências. Estava nessa fase a ter aulas de riscos vulcânico...fiquei colado ao ecrã até acabar.
Quanto à parte dramática, acho interessante. É uma maneira de fazer chegar essa informação ao grande público, sem ser através de filmes tão fantásticos como Volcano, Cume de Dante, etc, etc, cuja proximidade com a realidade deixa muito a desejar.
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