sexta-feira, agosto 31, 2007

quinta-feira, agosto 30, 2007

Deriva Continental observada

A Placa África está em vias de se dividir em duas duas novas placas tectónicas - a Placa Núbia e a Placa Somália (Ver figuras 1 e 2).
A nova zona de fronteira está a desenvolver-se na zona Este de África onde se localiza um rifte continental - Rifte Este Africano.
Este Rifte terá tido inicio na zona de fronteira entre a Placa Arábia e ter-se-á propagado para Sul ao longo do Rifte Este Africano.

Durante a maior parte do tempo o afastamento das placas, neste local, dá-se a uma velocidade média da ordem de grandeza do crescimento das unhas humanas, no entanto, por vezes ocorrem eventos muito mais dramáticos.

Um deste eventos ocorreu em Setembro de 2005 e foi registado pelos cientistas (com GPS e outros equipamentos). Durante um espaço de poucos dias apareceram na superficie terrestre grandes fracturas profundas e nalgumas zonas as placas afastaram-se mais de 8 metros (ver fotografias). Mais de dois milhares de milhões de metros cúbicos de rocha fundida - magma - ascenderam ao longo da fronteira de placas forçando-as a afastarem-se.

Os cientistas ficaram estupefactos com este acontecimento: ver a tectónica de placas a funcionar e o nascimento de um novo oceano..

Figura 1: Placas Tectónicas (em diferentes tons de cinzento)


Figura 2: Localização do Rifte Este Africano

Fotografia: Tim Wright, University of Leeds


Fotografia: Julie Rowland, University of Auckland

Fotografia: Julie Rowland, University of Auckland


Fotografia: Julie Rowland, University of Auckland

Fotografia: Elizabeth Baker, Royal Holloway, University of London


Fotografia: Elizabeth Baker, Royal Holloway, University of London

Fonte: aqui

quarta-feira, agosto 29, 2007

Planet Earth Trailer - Sigur Ros

Provavelmente o melhor video que já vi, e a musica.. Tudo isto num minusculo ponto azul...

The Shape of Time

Black Holes, Neutron Stars, White Dwars, Space and Time

A 5 Dimensional Space-Time Animation

Distorção do espaço-tempo nas imediações de uma estrela de neutrões como previsto por Einstein



Um grupo de Astrónomos, usando satélites de raios-x europeus e japoneses, conseguiram ver a distorção do espaço-tempo junto a três estrelas de neutrões, como havia sido predito por Einstein.
As estrelas de neutrões são objectos ultra-densos. Contêm a matéria no estado mais denso observável de todo o universo - aproximadamente a densidade de um núcleo atómico. Uma maneira de visualizar estas condições extremas é imaginar, se possível, toda a massa do Sol concentrada numa esfera com o tamanho de uma cidade. Uma pequena porção de matéria de uma estrela de neutrões, digamos do tamanho de uma laranja, pesaria mais ou menos o mesmo que o Monte Evereste.
Deste modo os astrónomos usam este tipo de estrelas como laboratórios naturais para estudar a matéria sujeita a pressões extremas. Os núcleos destas estrelas podem conter vários tipos de matéria exótica impossíveis de estudar em laboratório.
Os astrónomos do European Space Agency’s XMM-Newton X-ray Observatory e do Japanese/NASA Suzaku X-ray observatory estudaram as linhas espectrais de átomos de ferro que estão a girar por detrás destas estrelas a cerca de 40% da velocidade da luz, em nuvens de gás.
Os cientistas observaram que as linhas espectrais são distorcidas, mostrando comprimentos de onda superiores ao que seria de esperar. Este efeito deve-se à distorção do espaço-tempo gerada pela poderosa gravidade das estrelas de neutrões e está de acordo com o que havia sido predito pela teoria da relatividade geral de Einstein publicada em 1915/16.

Fonte: aqui
Crédito da Imagem: NASA/Dana Berry

terça-feira, agosto 28, 2007

"Deus não só joga aos dados, como às vezes atira-os para onde não se podem ver."

Stephen William Hawkig

sábado, agosto 18, 2007

Mira: uma estrela com cauda.


Os astrónomos da Nasa observaram, através do telescópio Galaxy Evolution Explorer, uma estrela com uma cauda semelhante às apresentadas pelos cometas.
A estrela chama-se Mira e há muito que era conhecida dos astrónomos, no entanto só agora foi possível observar este espectáculo cósmico.
A cauda tem 13 anos-luz, o que corresponde a cerca de 20.000 vezes a distância de Plutão ao Sol. Nunca nada de semelhante havia sido detectado junto a uma estrela.

A Mira é uma estrela na fase final da sua vida (uma gigante vermelha) que está a perder grandes quantidades de material da sua superfície. Esta emissão de partículas de carbono, oxigénio e muitos outros elementos essenciais à formação de novas estrelas, planetas e até talvez de vida, deve durar à pelo menos 30.000 anos.

A Mira acabará por perder a maior parte da sua massa que se irá acumular no espaço sobre a forma de uma nebulosa. Do que outrora fora uma estrela como o Sol irá apenas restar um pequeno núcleo, uma anã branca.

Ainda não é totalmente possível compreender o que de facto está a ocorrer naquela estrela, mas estas observações abrem caminho a novas linhas de investigação.

Resta dizer que a estrela Mira está a deslocar-se a uma velocidade de aproximadamente 130 quilómetros por segundo, possivelmente devido à atracção gravitacional de estrelas que ao longo dos tempos passaram por perto.

Fonte

quinta-feira, agosto 16, 2007

Qual o lubrificante da Tectónica de Placas?

A Terra é um sistema dinâmico e a sua superfície é um lugar muito activo. A superfície da Terra é constituída por um conjunto de placas litosféricas que se movem umas em relação às outras, estas podem chocar entre si formando cadeias de montanhas, roçam gerando sismos ou afastam-se permitindo a ascensão de magmas até à superfície, criando continuamente nova litosfera.



Por vezes uma placa litosfera afunda sob outra formando uma zona de subducção. Este processo permite que a litosfera seja reciclada no manto. Desta forma à medida que nova litosfera é criada nas zonas de afastamento das placas (riftes) a litosfera mais antiga (mais fria e mais densa) é consumida nas zonas de subducção. Estes processos permitem a manutenção do volume total da litosfera ao mesmo tempo que permitem a libertação de calor gerado pelos processos radioactivos que têm lugar no interior do planeta, impedindo que a Terra se expanda.
Pelo que se sabe a Terra é uma caso único no sistema solar. No entanto os cientistas ainda estão longe de perceber o que mantém as placas litosféricas lubrificadas de modo a poderem movimentar-se.

Existem algumas ideias e a maior parte da comunidade geológica está convencida que o segredo está na Astenosfera, a camada adjacente à Litosfera e sobre a qual esta última se desloca. A existência de uma camada dúctil é um um ponto essencial no enquadramento actual Teoria da Tectónica de Placas. É esta camada que permite que a Litosfera bóie e se mova ao longo da superfície da Terra empurrada pelas correntes de convecção do manto.

Sob os continentes o topo da Litosfera está a cerca de 150 km, enquanto que sob os oceanos pode encontrar-se a bem menos de 60 km. A base da Astenosfera encontra-se a cerca de 220 km, lugar onde esta passa a ter características de manto propriamente dito, bastante menos "flexível".

Mas afinal o que torna a Astenosfera tão dúctil?

Esta é uma pergunta que tem dado cabo da cabeça dos cientistas desde que a Teoria da Tectónica de Placas começou a tomar forma. Hoje acreditamos estar mais perto da resposta.

Esta resposta vem do enorme esforço que tem sido realizado quer em termos numérico/computacionais quer a nível experimental, reproduzindo as condições existentes no interior do planeta.

Para Björn Winker da Universidade de Frankfurt na Alemanha acredita que a chave deste mistério é a água. Segundo o mesmo: "É necessário ter água na astenosfera de modo a que esta possa deformar-se plasticamente. Esta água não se encontra no estado liquido, mas sim formando grupos hidroxilos (OH-) com estrutura cristalina.

Mas aqui surge uma nova questão: como é que aquela água está ali?

Estudos recentes revelaram que solubilidade da água torna-se mínima às condições de pressão e temperatura existentes na astenosfera. Os estudos revelaram também que nestas condições os minerais mantélicos eram incapazes de incorporar toda a água existente no manto nas suas estruturas cristalinas. Deste modo a água em excesso formaria um fundente silicatado rico em água.

Há muito que se sabe que a presença uma pequena quantidade de fundente numa rocha diminui drasticamente a sua resistência mecânica.

Este modelo denominado de "Modelo da Solubilidade da Água" é elegante e permite explicar porque é que a Astenosfera é tão dúctil, permitindo assim que as placas litosfericas se desloquem e que a Tectónica se desenrole.

A Tectónica de Placas é talvez a característica geológica mais distinta que o nosso planeta apresenta, influenciando directa ou indirectamente muitos outros processos biológicos, atmosféricos e oceanográficos.

Texto adaptado daqui

terça-feira, agosto 14, 2007

Evolução Humana: novos desafios!


Dois novos fosseis descritos esta semana na revista científica Nature estão a pôr em causa algumas das ideias paradigmáticas da pré-história humana, em particular o nascimento do género Homo. A descoberta foi feita no âmbito do projecto Koobi Fora Research Project, liderado por Meave e Louise Leakey, do National Museums of Kenya (NMK).

A evolução humana nos últimos 2 Milhões de anos tem sido descrita como uma sucessão mais ou menos linear de três espécies: Homo habilis - Homo erectus - Homo sapien (nós!). Entre estes, o Homo erectus é reconhecido como sendo o primeiro ancestral humano, semelhante ao homem comum em muitos aspectos, mas possuindo um cérebro mais pequeno.

Os novos fósseis no entanto fizeram soar uma campainha de alarme. Há novos dados que contradizem este modelo!

Um dos fósseis, um fragmento de um Homo habilis, data 1,44 Ma, o que o torna o mais recente fóssil conhecido daquela espécie. Este sobrevivente mostra que de facto o Homo habilis e o Homo erectus viveram lado a do na zona Este Africana durante cerca de meio milhão de anos.

Este facto torna pouco provável que o Homo erectus tenha evoluiu a partir do Homo habilis.

Por outro lado, o segundo fóssil encontrado era de um Homo erectus com 1,55 Ma, e parece ser bastante diferente dos descritos anteriormente. É o mais pequeno Homo erectus alguma vez encontrado e apresenta algumas características que põem em causa a ideia paradigmática que o Homo erectus é o ancestral comum da espécie humana.

É fascinante pensar que a evolução da espécie humana foi muito mais complicada do que foi inicialmente considerado e que várias espécies Homo podem ter coexistido durante muito. Restando a pergunta: porque só cá estamos nós?
Texto adaptado daqui
Imagem daqui

Constância inaugura primeiro observatório solar da Península Ibérica dedicado ao ensino


A vila de Constância vai ter o primeiro observatório solar da Península Ibérica, dedicado ao ensino e à divulgação. A inauguração é já este fim-de-semana, e é um dos pontos altos do programa da Astrofesta 2007, uma iniciativa do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, este ano em parceria com o Centro de Ciência Viva (CCV) de Constância (in Público 13/8/2007)

Notícia completa aqui

domingo, agosto 05, 2007

Neptuno, o Planeta Azul-Esverdeado


Esta é uma imagam magnifica de Neptuno, o planeta azul-esverdeado. A imagen foi captada pela sonda Voyager quando se encontrava a uma distância de cerca de 16 milhões de quilómetros.

É possivel observar diversos fenómenos atmosféricos, alguns deles enigmáticos, como é o caso do Grande Ponto Escuro.

Ver mais imagens de Neptuno aqui

Crédito: NASA