quarta-feira, dezembro 27, 2006

Adivinhem de quem é a culpa...

O planeta está a aquecer e a culpa, em grande parte, é do homem. Mesmo que hoje se reduzissem drasticamente as emissões de gases com efeito de estufa, o aquecimento global é inevitável pelo menos nos próximos cem anos. São as conclusões de um relatório de referência que reúne 2500 cientistas de todo o mundo. O tom é de alerta. Os decisores políticos saberão lê-lo? Por Kathleen Gomes

É uma verdade inconveniente: os efeitos do aquecimento global vão continuar a sentir-se nos próximos cem anos, mesmo que de hoje para amanhã se eliminem as emissões de gases com efeito de estufa. Ou seja, mesmo que você deixe o carro na garagem ou os países industrializados reduzam drasticamente as emissões de gases poluentes para a atmosfera, o aquecimento global não voltará atrás tão depressa. E a culpa é sua. Já se desconfiava, as provas são cada vez mais irrefutáveis: o homem tem uma grande responsabilidade nas alterações climáticas registadas nos últimos anos.

Estas são as principais conclusões do novo relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que não é apenas mais um estudo académico sobre a matéria - é o documento de referência porque reúne 2500 cientistas de todo o mundo com produção relevante sobre mudanças climáticas. Como nota Francisco Ferreira, dirigente da organização ambiental Quercus que tem estudado as alterações climáticas, "este é o relatório científico mais extenso e rigoroso sobre as alterações climáticas à escala mundial". O relatório será apresentado no início de 2007 mas o seu esboço final foi ontem antecipado pelo diário espanhol El País


A culpa humana

Os cientistas podem hoje afirmar com maior grau de certeza que o homem tem responsabilidade no aquecimento global. Esta é uma preocupação dos últimos dez anos que tem carecido de comprovação científica total, porque é impossível atribuir uma causa directa às alterações climáticas. Como lembra o climatologista Ricardo Trigo, do Centro de Geofísica da Faculdade de Ciências de Lisboa, há várias causas naturais que contribuem para o aquecimento global, entre elas, a variação da intensidade de radiação de energia solar e as erupções vulcânicas. O El País propõe esta analogia: é tão impossível dizer que um cancro de pulmão de um fumador se deve ao tabaco quanto dizer, com 100 por cento de segurança, que uma onda de calor se deve à acção do homem.


O anterior relatório do IPCC, publicado em 2001, já avançava que o homem tinha responsabilidade nas mudanças climáticas verificadas nos últimos 50 anos. Mas o tom era mais cauteloso. O novo relatório vem reforçar essa conclusão com mais provas e precisão. O documento assinala que o aumento de fenómenos extremos - como secas e ondas de calor - "pode ser atribuído a mudanças climáticas antropogénicas", isto é, produzidas por acção humana.Segundo o relatório, nunca os níveis de concentração de gases com efeito de estufa na altmosfera (gases que impedem a saída do calor emitido pela superfície terrestre) foram tão elevados. Nunca quer dizer: nos últimos 650 mil anos. A par disso, o ritmo actual de aumento desses gases na atmosfera "não tem precedentes nos últimos 20 mil anos", cita o jornal El País.



O mal está feito

Há mais más notícias: mesmo que se conseguisse estabilizar a concentração desses gases - o que implicaria mudar drasticamente a actividade e economia mundiais -, o mal está feito e o planeta levaria tempo a reabilitar-se. Ou seja, o aumento da temperatura e do nível do mar vai continuar durante mais de 100 anos.Nesse período, as projecções do IPCC apontam para um aumento de temperatura "entre 2 e 4,5 graus, sendo 3 graus o valor mais provável". Em todo o caso, valores superiores a 4,5 graus "não podem ser excluídos". Um aumento de dois graus, aponta Francisco Ferreira, já representa um aumento "de proporções catastróficas". O novo relatório do IPCC vem "concretizar suspeições que existem há dez anos", nota Ricardo Trigo, e isso é importante porque "ajuda a tirar dúvidas a quem ainda as tivesse".

Se o mal está feito - se, mesmo que mudássemos a nossa forma de vida tal como a conhecemos, os efeitos vão continuar -, isso quer dizer que é tarde demais? "É uma questão importante", sublinha Ricardo Trigo. "Muitos investigadores que trabalham nos melhores centros internacionais dizem que mesmo que no melhor dos cenários se conseguisse reduzir em 50 ou 60 por cento as emissões do gases com efeito de estufa é imprescindível gastar-se muito dinheiro em soluções tecnológicas que permitam aos países adaptar-se às novas condições. Se há um aumento do nível médio do mar, os países que têm costa precisam de pensar em medidas para enfrentar o problema."O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental das Nações Unidas.


Relatório será "decisivo" para as negociações pós-Quioto

Para se ter uma ideia da relevância dos relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) - desde 1990, este é o quarto - Francisco Ferreira, da Quercus, resume: "É com base nesses relatórios que têm sido sempre tomadas as decisões políticas. A Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas surge em 1992 como consequência do primeiro relatório. E o Protocolo de Quioto, em 1997, surge na sequência do segundo relatório, que é de 1995." Há, portanto, expectativas em relação ao novo documento. Francisco Ferreira espera que ele seja "decisivo na negociação do pós-Quioto", o que pode traduzir-se em metas mais austeras de redução de emissões de gases com efeito de estufa. A Alemanha, que terá a presidência da União Europeia a partir do início de 2007, já anunciou que na reunião de ministros europeus do Ambiente na próxima Primavera vai propor uma redução de 30 por cento até 2020 - a meta estabelecida por Quioto é de oito por cento entre 2008 e 2012. A versão final do relatório será apresentada numa reunião do IPCC em Paris, nos primeiros dias de Fevereiro. Mas "mais de 90 por cento está escrito", garante o climatologista Ricardo Trigo, e foi enviado pelas Nações Unidos a um grupo seleccionado de especialistas e governos para leitura. O que pode mudar entretanto, nota o El País, é o resumo para decisores políticos, que é aprovado frase a frase.

in publico: 27-12-2006

"The Day After Tomorrow"

Temos falado na nova cultura. Na aproximação do mundo das artes, ao mundo científico. O filme que passou na SIC, "The Day After Tomorrow", é um excelente exemplo disso.



Leva-nos aos temas que nos inquietam, cidadãos conscientes, cientistas de alma ou profissão. A preocupação é partilhada por todos e por uns mais friamente explicada.

As questões:
As alterações climáticas podem, ou não provocar enormes tempestades, da dimensão de continentes? E podem desenvolver-se em tão pouco tempo? E como é possível que depois do degelo dos glaciares, a concequência seja precisamente, uma nova idade do gelo?

Explicações aqui:
Ocean and Climate Change Institue

Do filme, achei um diálogo interessante, a discussão entre os mais altos decisores políticos e os mais especializados cientistas.

"Jack Hall: Our climate is fragile. The ice caps are disappearing at a dangerous rate.
Vice President Becker
: Dr. Hall, our economy is every bit as fragile as the environment. Perhaps you should keep that in mind before making sensationalist claims.
Jack Hall
: Well, the last chunk of ice that broke off was the size of Rhode Island. A lot of folks would say that was pretty sensational.
...

Vice President Becker
: Maybe you should stick to science and leave policy to us.
Tom
: We tried that approach. You didn't want to listen to the science when it could have made a difference. "


Urgente agora é fazer com que as questões ambientais e climatéricas deixem de ser apenas entendidas por especialistas. Mais uma vez, o apelo para que se consiga passar a mensagem de que é possível Viver na Terra de uma forma consciente. É possível usufruir dos recursos que ela nos dá. Mais, é possível fazê-lo até que se esgotem. Mas para o planeta isso é igual. Mais gelo, menos gelo. Mais frio, mais calor, mais gases, menos espécies...
É indiferente para um planeta vivo, que existe há cerca de 4.600 milhões de anos, se o Homem, que não habita nele sequer há 10 milhões, resistirá às Alterações Climáticas, por ele próprio aceleradas...


Links:
The Day After Tomorrow
Wikipedia
WHOI

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A Física no dia-a-dia...nos dias do Natal.

Se soprar entre as duas bolas de Natal, sabe o que acontece?

What happens when you blow between the two Christmas balls?

As bolas aproximam-se e batem uma na outra. Porque, ao soprar entre as duas bolas, o ar que aí estava desloca-se, diminuindo a pressão nesse lugar.
Exprimente neste Natal.
The Christmas balls approach each other and collide. When blowing between the balls, you displace the air and the local pressure decreases.
Try this experiment this Christmas.



Visite a exposição: A Física no Dia-a-Dia
As 73 Experiências do Livro no Centenário de Rómulo de Carvalho
No Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva
Parque das Nações, 1990-273 Lisboa

Alguns mamíferos conseguem cheirar debaixo da água

O «truque» está em lançar bolhas de ar que depois se inalam

Alguns mamíferos conseguem cheirar debaixo da água e assim detectar alimentos depositados no fundo dos rios ou lagos, graças à pr odução de bolhas de ar, indica um estudo hoje publicado pela revista Nature. O professor Kenneth Catania, da Universidade Vanderbilt de Nashville (Estados Unidos), fez a descoberta ao estudar o comportamento de duas espécies semiaquáticas, a toupeira de nariz estrelado (Condylura cristata) e o musaranho aquático (Sorex palustris). Como os aromas circulam no ar, pensava-se até agora que o olfacto se perdia na água.

Porém, o estudo agora publicado mostra que pelo menos aqueles dois mamíferos conseguem gerar bolhas de ar que veiculam os cheiros dentro da água. A experiência consistiu em comprovar se as duas espécies eram capazes de cheirar e identificar objectos depositadas no fundo de um tanque, duas das quais comestíveis (lombrigas e peixes pequenos).

Utilizando uma câmara de alta velocidade, o investigador constatou que, ao dirigir-se aos objectos, a toupeira emitia bolhas pelo nariz que tocavam no objecto visado antes de serem de novo inaladas pelo animal. Cinco toupeiras que participaram na experiência com lombrigas conseguiram detectá-las em pelo menos 75 de 100 casos. Keneth Catania também observou vários musaranhos com resultados idênticos.

A técnica usada por estes animais consiste em exalar numerosas pequenas bolhas que depois inalam para extrair moléculas odoríferas. A descoberta "foi uma surpresa total, porque se julgava que os mamíferos n ão tinham sentido de olfacto debaixo da água", afirmou o autor do estudo.

"Quando os mamíferos se adaptam ao meio aquático, o seu olfacto costuma degenerar", acrescentou. "O principal exemplo são os cetáceos, como as baleias e o s golfinhos, a maioria dos quais perderam o sentido olfactivo". Após esta descoberta, o investigador interroga-se sobre se outros mamíferos, como as lontras ou as focas, terão uma capacidade semelhante.

in Ciência Hoje, 21-12-2006

Dragões de Komodo podem reproduzir-se por autofecundação

Em Janeiro, no Zoo de Chester, no Reino Unido, oito crias de dragões de Komodo deverão sair dos ovos postos por Flora, uma fêmea que não foi fecundada por um macho, revelam biólogos na revista “Nature”.

Estes répteis originários de uma pequena ilha vulcânica da Indonésia, da qual receberam o nome, são capazes de se reproduzir por partenogénese (ou autofecundação), revelam os investigadores dirigidos por Phillip Watts, da Universidade de Liverpool.

Ameaçada em estado selvagem, a espécie é alvo de um programa internacional de criação em cativeiro. Os primeiros quatro dragões de Komodo “europeu” nasceram em Março no Zoo de Londres, graças a uma fêmea enviada pelo parque francês de Thoiry para evitar problemas de consanguinidade.

A análise genética aos ovos das fêmeas de Londres e de Chester revelou que elas se podem reproduzir sem ter contacto com um macho.

“A partenogénese constitui um fenómeno que ainda não é reconhecido para a gestão genética das populações ameaçadas”, notam os investigadores. Uma única fêmea, não fertilizada, pode fundar uma colónia no âmbito da qual pode ser retomada a reprodução sexual.

Estima-se que apenas existam na natureza quatro mil dragões de Komodo, mil dos quais fêmeas adultas.

in publico PT, 20-12-2006

Ossos de nova espécie de dinossauro gigante encontrados em Espanha

Uma equipa de investigadores espanhóis encontrou em Teruel 70 ossos de um saurópode gigante, com 35 metros de altura e 45 toneladas de peso. Os restos, com cerca de 145 milhões de anos, provam a descoberta de uma nova espécie de dinossauro, chamada Turiasaurus riodevensis.

Segundo o “El Mundo” online, os paleontólogos fizeram a descoberta em Maio de 2003. Três anos depois, a revista “Science” dedica um artigo sobre a descoberta de uma espécie nunca antes catalogada.

A comunidade científica escolheu o nome Turiasaurus riodevensis porque Turiasaurio significa em Latim “lagarto de Teruel” e riodevensis devido ao nome do local da descoberta.

Esta descoberta confirma que no Velho Continente “viveram dinossauros gigantes no final do Jurássico superior (há 145 milhões de anos)”, explica Alberto Cobos, um dos investigadores responsáveis, da Fundação Dinópolis. Até ao momento apenas tinham sido encontrados restos significativos destes animais na América e em África.

Os paleontólogos estimam que este animal se alimentava de plantas, vivia em grupos e reproduzia-se através de ovos. Entre os ossos encontrados está a pata dianteira esquerda, praticamente completa.

Segundo o jornal online, os paleontólogos identificaram outros ossos em Portugal, outras regiões espanholas, em França e Inglaterra, que poderão pertencer a este novo grupo de saurópodes, dinossauros herbívoros.

Os trabalhos de escavações continuam em Teruel e os investigadores esperam encontrar mais ossos.

in publico PT, 21-12-2006

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Uma Terra que gira... há um ano

Que a Terra gira sobre si mesmo e à volta do Sol, já todos nós sabemos. Mas nem sempre foi assim. Muitos foram aqueles que se questionaram, que em determinados momentos duvidaram e com paixão investigaram. Muitas descobertas foram feitas desde que a ciência se tornou uma estrutura sólida. Pelo caminho, muitos se calaram ou foram calados, muitos morreram no processo… numa batalha sem igual … Pela primeira vez, que se saiba, a matéria ganhou consciência de si própria… consciência que lhe deu a capacidade de duvidar, de questionar e assim aprender… ”e no entanto ela move-se”, desabafou Galileu no final de uma batalha perdida. Mas agora, mais do que nunca, novos desafios se levantam. Cientistas continuam a fazer novas descobertas todos os dias. Cientistas que têm a coragem de se questionar e de explorar o mundo em que todos vivemos, de ir mais além atravessando as fronteiras do mundo conhecido e partindo à procura de novas terras por esse universo fora.
O interesse por estas questões alargou-se, e através daqueles que albergam um espírito crítico e científico, as notícias das novas descobertas chegam a um público cada vez maior, curioso, que as segue com entusiasmo.
Os tempos são outros! Começa a desflorar uma nova consciência ambiental sem precedentes. Hoje as pessoas têm a noção de que os recursos da Terra não são inesgotáveis e de que há um risco real de sermos nós a destruir o sistema que nos permitiu chegar até aqui. É preciso fazer passar a mensagem, de uma forma clara.


Uma Terra Que Gira nasceu com esse objectivo, o de divulgar, o de dar a conhecer a Terra, aquilo que nos rodeia e as pessoas que vão fazendo a diferença, para que não assistamos com a indiferença habitual à vitória da ignorância sobre o conhecimento.
Aqui faz-se divulgação científica e dá-se a conhecer quem o faça. Pelo menos tenta-se.


Para preservar, é preciso primeiro explorar, investigar e aprender, mas cabe também a nós, cientistas de alma ou profissão fazer chegar esse conhecimento a toda a sociedade, para que todos possamos viver de uma forma sustentável e responsável nesta Terra que gira.


Terra que gira
, Dezembro 2006

...e no entanto ELA move-se!

e-card elaborado por: Inês Mateus

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Subida do mar poderá ser mais rápida do que previsto

O aquecimento climático poderá provocar uma subida do nível do mar mais rápida do que o previsto durante este século , segundo um estudo hoje publicado na revista Science. Essa subida poderá atingir 1,40 metros até 2100, ou seja, o dobro da estimativa estabelecida até agora, aumentando os riscos de inundações de regiões baixas e a ameaça de tempestades violentas em cidades como Nova Iorque e Londres. Os climatologistas previam até agora um aumento de entre nove e 88 centímetros em relação ao nível de 1990 daqui até ao fim do século.

Hoje, no estudo publicado na Science, o investigador alemão Stefan Rahmstorf, especialista de oceanos na Universidade de Potsdam (Alemanha), prevê uma subida de entre 50 centímetros e 1,40 metros. Na sua perspectiva, as estimativas actuais não são fiáveis por se basearem em modelos de simulação que subestimam a subida do nível do mar ocorrida até agora.

"Durante os últimos 40 anos, o nível do mar aumentou 50 por cento mais do que previam os modelos climáticos. Isto revela que ainda não compreendemos o problema da subida do nível do mar", afirmou. Rahmstorf estudou a relação entre a subida do nível do mar e as subidas das temperaturas médias do ar à superfície do globo. Desse trabalho concluiu que o aumento do nível do mar foi proporcional à subida das temperaturas e teve impacto nas alterações registadas no século XX.

A subida do nível do mar mais importante do que previsto tem pesadas consequências não só para as regiões baixas ameaçadas de inundações, como para algumas grandes cidades ocidentais. Num estudo publicado no ano passado, Rahmstorf e a sua equipa do Instituto para a Investigação do Impacto das Alterações Climáticas de Potsdam estimaram que o aquecimento do planeta poderia provocar uma subida do nível do mar no Atlântico Norte por fechar ou enfraquecer uma corrente oceânica conhecida por "tapete rolante" (Conveyor Belt).

Segundo este cenário, o nível do mar da região poderia aumentar até um metro e, juntando a isso o efeito dos gases com efeito de estufa, a subida poderia mesmo atingir dois metros, expondo Londres e Nova Iorque a "tempestades violentas devastadoras".

in Ciencia Hoje, 2006-12-15

Sonda europeia descobre topografia rugosa e encoberta de Marte


A sonda orbital europeia Mars Express enviou para Terra imagens que mostram Marte com uma topografia mais antiga e rugosa, escondida sob uma camada superficial mais lisa e recente, anunciou hoje a Agência Espacial Europeia (ESA). Segundo os cientistas, as imagens fornecem novas e importantes chaves para compreender a evolução geológica de Marte e até mesmo da Terra.

De acordo com um comunicado da ESA, o radar da sonda revelou a existência de crateras de impacto soterradas com diâmetros de entre 130 e 470 quilómetros, debaixo de grande parte das terras baixas do norte do planeta. "As novas descobertas aproximam os cientistas planetários da compreensão de um dos mais persistentes mistérios sobre a evolução geológica e a história de Marte", diz a ESA.

A agência refere que as descobertas também ajudam os cientistas a compreender a evolução inicial da Terra, onde é mais difícil encontrar sinais das forças em acção porque a erosão e as erupções vulcânicas os apagaram. Ao contrário da Terra, Marte mostra grandes diferenças entre os seus hemisférios norte e sul.

Enquanto todo o hemisfério sul tem planaltos muito rugosos e cheios de crateras, a metade norte é mais lisa e menos elevada, uma topografia que se julga ser mais recente por ter sofrido os efeitos da erosão e de outros processos. Os novos dados "indicam que a crosta subjacente é extremamente antiga", afirma a ESA.

Marte formou-se há mais de 4,5 mil milhões de anos e os cientistas estão na sua generalidade convencidos de que passou por uma fase inicial húmida e quente que acabou passados 1,5 a 2,5 mil milhões de anos, para se converter num planeta extremamente seco e frio.

in Ciencia Hoje, consultado em 18 de dezembro de 2006
imagem ESA

Astronautas do vaivém Discovery preparam nova saída espacial

Os astronautas do vaivém Discovery passaram o dia a descarregar mantimentos trazidos pelo vaivém e a preparar uma nova saída espacial, que não estava inicialmente prevista, para desbloquear o mecanismo de um painel solar na estação espacial internacional (ISS, sigla em inglês).

A missão para abastecer e continuar a construir a estação, que se prevê ficar concluída em 2010, foi prolongada um dia devido à saída espacial extra. Esta, a realizar por Robert Curbeam e Christer Fuglesang, será a quarta desta tripulação. Terá uma duração de seis horas e meia.

O vaivém Discovery deverá agora regressar à Terra na sexta-feira, depois de 13 dias no espaço.

17.12.2006 -Reuters

domingo, dezembro 17, 2006

A terceira Cultura

A distância entre "linguagens" não é recente. Já na década de 1950 havia uma cisão entre duas culturas, a das artes (pintores, escritores, etc) e os cientistas. Os primeiros assumiam para si o papel de pensadores, de visionários. Era deles a responsabilidade de traçar o rumo para as suas comunidades. Aos cientistas restava...
C.P. Snow, filósofo e cientista e autor de um livro intitulado " As Duas Culturas", previa o aparecimento de uma terceira cultura. A ideia, optimista, era a de que os "artistas" se iriam aproximar da "outra" cultura, que os passariam a entender e fazer chegar ao grande público as novas descobertas sobre o mundo e os mundos novos descobertos. A verdade é que a história não se desenrolou bem assim. Foi através de uma linguagem mais actual dos cientistas e da adaptação da ciência à ficção que foi crescendo a curiosidade e interesse do cidadão comum. Nascia assim a Terceira Cultura e desde então, nomes como Carl Sagan contribuíram para o seu desenvolvimento.

Adaptado de Histórias do Universo, José Fernando Monteiro

Foi entregue, recentemente o Prémio Pessoa, que destacou António Câmara, investigador e empresário, na área das novas tecnologias. Nas entrevistas que se seguiram, ouvi do premiado uma frase que me marcou, tendo em conta que o lado empresarial deste "cientista" é bastante bem sucedida... ele diria que era preciso continuar a investigar por brincadeira.

Boas notícias, benvindo o tão afamado choque tecnológico e a nova Terceira Cultura.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Há água em Marte!? Segundo a Nasa as provas desse facto são cada vez mais fortes


Cientistas que investigaram imagens de alta resolução da superfície de Marte acreditam que, no hemisfério Sul do planeta, existem vestígios da recente passagem de água, revelou, esta quarta-feira, a NASA.

De acordo com a Lusa as fotografias, as primeiras das quais foram captadas pela cápsula de exploração espacial Mars Global Surveyor (MGS), agora inactiva, mostraram que a água em Marte é uma realidade actual, afirmou o perito Kennet Edgett.

«Pode ser água salgada, água com uma grande quantidade de sedimentos ou água ácida mas é seguramente água, H2O», sublinharam os cientistas, em conferência de imprensa, na sede da NASA.

Dadas as temperaturas extremas no planeta Marte, qualquer curso de água que corra na superfície não pode manter-se muito tempo em estado líquido - ou congela ou evapora-se.

Os investigadores tinham conhecimento dos vestígios desde 2000, quando a câmara da MGS as captou mas as comparações com imagens registadas em 1999, em 2001 e mais recentemente, foram determinantes.

A busca de água em Marte apaixonou os cientistas durante décadas, dado que relança a discussão sobre a hipótese de existência de vida.

in Portugal Diário 2006/12/06 20:18

Imagens de Marte - Foto NASA/AP

terça-feira, dezembro 12, 2006

Ecoline

Nasceu o Ecoline!



É um projecto ambicioso, criterioso, e de muito trabalho de retaguarda. É uma plataforma de informação sobre a relação, ou relações, da população com o ambiente.

Com o mote de...

Conhecer mais para Mudar melhor / Conhecer melhor para Mudar mais

a informação que aqui é "oferecida" de uma forma trabalhada, muitas vezes traduzida para o cidadão comum, faz do Ecoline um site, na minha opinião (propavelmente parcial), de utilidade e serviço público.

Serve, não só um público mais especializado, como também, o cidadão curioso e interessado em questões ambientais.

Penso que existe neste espaço informação suficiente para novos estudos, para novas questões, para novas linhas orientadoras da ecologia em Portugal.

Muito há a fazer ainda...mas pelo menos já existe e está acessível à vossa curiosidade, crítica e vontade de continuar a fazer esta terra girar de uma forma responsável e sustentável.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Do the evolution - Pearl Jam

I'm ahead,
I'm a man
I'm the first mammal to wear pants,
I'm at peace with my lust
I can kill 'cause in God I trust,
It's evolution, baby

I'm at peace,
I'm the man
Buying stocks on the day of the crash
On the loose, I'm a truck
All the rolling hills,
I'll flatten 'em out,
It's herd behavior,
It's evolution, baby

Admire me, admire my home
Admire my son,
he's my clone,



This land is mine,
this land is free
I'll do what I want but irresponsibly
It's evolution, baby
I'm a thief,
I'm a liar
There's my church, I sing in the choir: (hallelujah, hallelujah)

Admire me, admire my home
Admire my son,
admire my clones

'Cause we know, appetite for a nightly feast
Those ignorant Indians got nothin' on me
Nothin', why?
Because... it's evolution, baby!

I am ahead, I am advanced
I am the first mammal to make plans,
I crawled the earth, but now I'm higher
2010, watch it go to fire
It's evolution, baby

Do the evolution
Come on, come on, come on


Este teledisco diz tudo. Um dos melhores que vi até hoje. Uma crítica atenta à sociedade em que fazemos parte. É claro que podemos sempre dizer que a culpa do mal é do outro, que nós não somos assim.

No fim, a Terra é igual para todos e todos podemos sentir os erros, que embora não sejamos nós a cometer, não fizémos o suficiente para os impedir.

terça-feira, novembro 28, 2006

"Mais vale prevenir que remediar"

Assisti na semana passada a uma conferência de David Gee, coordenador de um estudo para a Agência Europeia do Ambiente. O título da conferência, "Better safe than sorry!". Traduzido ficará qualquer coisa como, "Mais vale prevenir que remediar."

A conferência centrava-se, essencialmente, na relação entre a ciência e as decisões políticas, principalmente políticas de saúde pública.

A investigação científica nem sempre se desenvolve tão depressa para agradar aos políticos e assegurar-lhes que tomam a decisão correcta. Por vezes acontece o contrário, e aos ouvidos mocos dos políticos, resta ao cientista dizer, depois de ter previsto e avisado sobre os acidentes, "eu bem avisei".

Na apresentação, David Gee, estabeleceu seis níveis de evidência para um cientista.

Some Levels of Evidence…..
6. Beyond all reasonable doubt
5. Reasonable certainty
4. Balance of probabilities/evidence
3. Strong possibility
2. Scientific suspicion of risk
1. Negligible/insignificant

Muitas vezes são precisas decisões difíceis. Para as apoiar, os estudos científicos. No caso da saúde pública, e até no caso dos riscos naturais, as certezas são difíceis de atingir. E o tempo que demora a evacuar uma aldeia antes de uma erupção, ou a tirar do mercado um medicamento, pode ser fatal. E, no caso das ciências, só através dessa fatalidade se atinge o último nível de evidência..."sem qualquer dúvida".
David Gee utilizou uma expressão curiosa: "Good for science, bad for public health." Ou seja, conseguiu-se atingir o nível máximo para uma evidência científica, mas o mal já estava feito.

...mais vale prevenir que remediar.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Global Warming


As mudanças estão a acontecer, é notório para qualquer um.

A incógnita é saber as verdadeiras causas, e consequentemente, as soluções. Independentemente disso, há muita coisa que se pode ir fazendo, há ainda muito que se pode evitar...antes que seja tarde de mais.

segunda-feira, novembro 20, 2006

L'Hymne De Nos Campagnes

Si tu es né dans une cité HLM
Je te dédicace ce poème
En espèrant qu'aux fonds de tes yeux ternes
Tu puisses y voir un petit brin d'herbe
Et les man faut faire la part des choses
Il est grand temps de faire une pose
De troquer cette vie morose
Contre le parfum d'une rose

Refrain :
C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !

Pas de boulots, pas de diplomes
Partout la même odeur de zone
Plus rien n'agite tes neurônes
Pas même le shit que tu mets dans tes cônes
Va voir ailleurs, rien ne te retient
Va vite faire quelque chose de tes mains
Ne te retourne pas ici tu n'as rien
Et sois le premier à chanter ce refrain !

Refain

Assieds-toi près d'une rivière
Ecoute le coulis de l'eau sur la terre
Dis-toi qu'au bout, hé il y a la mer
Et que ça ça n'a rien d'héphémère
Tu comprendras alors que tu n'es rien
Comme celui avant toi, comme celui qui vient
Que le liquide qui coule dans tes mains
Te servira à vivre jusqu'à demain matin

Refain

Assieds-toi près d'un vieux chène
Et compare le à la race humaine
L'oxygène et l'ombre qu'il t'ammène
Mérite-t-il les coups de hache qui le saigne ?
Lève la tête, regarde ces feuilles
Tu verras peut-être un écureuil
Qui te regarde de tout son orgueuil
Sa maison est là, tu es sur le seuil...

Refrain

Peut-être que je parle pour ne rien dire
Que quand tu m'écoutes tu as envie de rire
Et si le béton est ton avenir
Dis toi que c'est la forêt qui fait que tu respires
J'aimerais pour tous les animaux
Que tu captes le message de mes mots
Car un lopin de terre, une tige de roseau
Servira la croissance de tes marmots !
Servira la croissance de tes marmots !

Refrain

tryo - mamagubida

segunda-feira, novembro 13, 2006

Mais um livro que se lê...e recomenda.

Já vi o filme, já o recomendei...(re)recomendo-o.

O livro, chegou-me às mãos e posso dizer, é uma bela obra de/para colecção. Dá gosto ler, ver e aprender sobre este tema tão, tão..."pesado". Quando o tema das alterações climáticas se começa a entrever em qualquer conferência, debate, filme, etc, etc...é o primeiro passo para o "abandono cerebral" da assistência. A excepção, os "entendidos". Que, "coitados", não bastava já a incompreensão sobre aquilo que estudam e a luta, quase inglória, por um melhor ambiente para TODOS, ainda são apelidados de..."entendidos".

Este senhor veio mudar isso. Primeiro ponto de viragem...apercebeu-se, em bom tempo, de que era mesmo preciso (e insiste) falar sobre as alterações climáticas. Não porque gosta do seu quintal e dos rios da sua aldeia, mas porque quer que os seus filhos, netos, etc, desfrutem desse "ambiente" que ele insiste em defender. O segundo, apercebeu-se de que ninguém o ouvia, e mesmo hoje, aqueles a quem mais devia interessar...são os primeiros a dedicar-lhe o seu "abandono cerebral"... Por isso mudou a direcção do seu discurso e...

Mudou a linguagem, acrescentou-lhe a proximidade, a presença de personagem, a re-invenção de heróis e carrascos, uma história de amor, sem esquecer...as alterações climáticas.

O livro e o filme são um só. Mas é necessário tê-lo em casa. Tal como o filme, e provavelmente as palestras, o livro é um convite sincero ao "não abandono cerebral". Mais uma tentaiva de "despertar", de dar a entender aos "não-entendidos" que a responsabilidade é de todos, de que a realidade existe e de que é possível fazermos parte dela, da melhor maneira que pudermos.

Nos escuteiros aprendi assim...

"Think global, act local!"
...para que ninguém se dedique ao abandono cerebral desta última frase...faço a comparação muito utilizada para grandes projectos ou construções...
...por muito grande que seja a obra, é sempre preciso pôr peça por peça, tijolo sobre tijolo, dar pés às pontes...

terça-feira, novembro 07, 2006

Ciclo de Conferências

Quintas da Ciência: " Do grão ao Planeta"
18:30 - Entrada Livre
Biblioteca Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária, Rua Alberto de Sousa, Zona B do Rego
217 802 760




2.Nov - Sismos Escondidos; João Cabral

9.Nov - Um Oceano nas Paisagens da Planície Alentejana - O Rheic - de Beja ao Sul de Inglaterra; Paulo Fonseca

16.Nov - Minas e Armadilhas; Jorge Relvas

23.Nov - Portugal ao Microscópio; Isabel Costa

30.Nov - As Tremuras dos Açores: Sismos, Fósseis, Passados e Recentes; José Madeira

7.Dez - Em busca do Petróleo escondido; Nuno Pimentel

14.Dez - Ser geólogo na Guiné-Bissau; Paulo Hagendorn Alves

11.Jan - Uma viagem aérea pela Geologia do mundo virtual; Nuno Pimentel

18.Jan - A memória dos grãos de quartzo: o passado num grão de areia; Teresa Azevedo

25.Jan - Lamas em Albufeiras: de problema a recurso; Fernando Barriga

1.Fev - Dinossáurios da Mongólia; Carlos Marques da Silva

8.Fev - Búzios em Terra, alterações climáticas no Mar; Carlos Marques da Silva

15.Fev - Fósseis em vulcões: Porto Santo (Madeira); Mário Cachão

22.Fev - Os metais no ambiente superficial da Terra; Mário Abel Gonçalves

1.Mar - Geoturismo e Geologia Virtual: novas abordagens do ensino da Geologia; Maria Teresa Mira de Azevedo

8.Mar - Fósseis em vulcões: Santa Maria (Açores); Mário Cachão

15.Mar - As viagens da água no interior do planeta; Catarina Silva

22.Mar - Portugal calcário; José Crispim

29.Mar - Do que se alimentam as praias. Grão a grão...

12.Abr - Areias: todas iguais, todas diferentes; Maria Conceição Freitas

segunda-feira, novembro 06, 2006

Importância do conhecimento geológico

É o conhecimento geológico que permite compreender as condições que presidem à localização, natureza e quantidade de um enorme leque de recursos naturais essenciais à manutenção da qualidade de vida das populações e seu desenvolvimento económico, como é o caso dos solos, das águas subterrâneas e dos recursos minerais e energéticos. Permite compreender e contribuir para a prevenção de catástrofes associadas a uma grande diversidade de riscos naturais, como sejam os sismos, as erupções vulcânicas e deslizamentos de terrenos e ainda aqueles com repercussões na saúde pública, como as emissões radioactivas naturais de radão e o excesso ou deficiência de elementos traço em solos e águas, como o arsénio, o flúor e o iodo.

É também o conhecimento geológico que permite determinar os melhores e mais seguros locais para a construção de edifícios e outras infra-estruturas civis, onde se pode captar água de boa qualidade para consumo, onde se localizam os melhores locais para a deposição de resíduos consoante a sua natureza, onde se podem construir infra-estruturas subterrâneas como túneis, armazenamento de gás natural, entre muitos outros. Em suma, o conhecimento geológico é estruturante da sociedade e está na base do Ordenamento do Território.

A detenção de informação geológica é, assim, uma mais-valia de extrema importância e imprescindível às políticas públicas e programas que visam o ordenamento do território, a protecção ambiental, saúde pública e a gestão dos recursos geológicos (energéticos, minerais e hídricos). É neste contexto que a nível mundial a grande maioria dos estados considera a detenção de informação geológica relativa aos seus territórios como um factor estratégico para a sua gestão, valorização e desenvolvimento, razão pela qual detêm a missão de a adquirir, gerir e difundir através de organismos autónomos e independentes da rotatividade do poder político. Ainda recentemente, o agora reeleito Presidente do Brasil, Lula da Silva, afirmou que “o conhecimento geológico é tão importante como a construção de estradas e caminhos-de-ferro”.


Fernano Santana

quinta-feira, outubro 05, 2006

A Conveniência de saber a verdade.

Recomendei aqui uma ida ao cinema para descobrirmos uma Verdade Inconveniente...

Hoje, depois de o ver, reforço a recomendação e transformo-a em apelo. Foi realizado de forma inteligente. Relacionar as questões científicas com a parte emocional é para mim o segredo. Foi feito para chegar e marcar as massas.

Parabéns ao Sr. Gore.

Conhece o lado científico...


...e descobre o que podes fazer.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Quantos tipos de vulcões existem?

Há muito que queria "trazer" os vulcões para este espaço. Depois de fazer uma visita ao Natural History Museum, não tinha mais desculpa.

Sendo o vulcanismo um dos fenómenos mais espantosos e temidos desta nossa terra-que-gira, tal como os sismos, assumem um papel importante na informação sobre o funcionamento interno da Terra. Isto deve-se, em parte, à dificuldade de fazer passar a mensagem da importância, da relevância e da beleza da geologia, pela "demora" dos acontecimentos que estuda.















Quantos tipos de vulcões existem? São todos explosivos? De que depende a intensidade das explosões nos vulcões?


Façam o vosso vulcão e respondam às vossas dúvidas...

quinta-feira, setembro 14, 2006

Uma Verdade Inconveniente

Estreia da semana, um tema de que se fala muito. Ainda não fui, mas foi-me recomendado, e como isto sempre funciona melhor com imagens, e chocantes...

Uma Verdade Inconveniente
Título original: An Inconvenient Truth
De: Davis Guggenheim
Género: Doc

Classificacao: M/16
EUA, 2006, Cores, 100 min.


Documentário que tem como figura condutora Al Gore, o antigo Vice-presidente dos Estados Unidos, que depois da sua derrota nas eleições de 2000 voltou à sua cruzada de ajudar o planeta. Segundo alguns cientistas, teremos apenas dez anos para evitar uma grande catástrofe que pode destruir o nosso planeta gerando condições meteorológicas agressivas, inundações, epidemias e ondas de calor que ultrapassam tudo o que conhecemos. O documentário segue a luta de Al Gore para travar o aquecimento global e a sua tentativa de impor o problema, não como uma questão política, mas sim um desafio global para a Humanidade.

in cinecartaz

Para mais informações: climate crisis

terça-feira, setembro 12, 2006

A Geologia pela Wikipedia

Sou muitas vezes confrontado como sendo um "cientista dos calhaus".
Lembro-me da frase de uma professora: "Calhaus? não, calhau, estudamos um calhau e é o 3º a contar do Sol."
Muito bem, senhora professora.

Resolvi fazer uma pesquisa, muito fácil e rápida, porque acho que nos cabe a nós, "cientistas do calhau" divulgar a nossa ciência.

Podem encontar este texto e mais informações em Wikipedia

Geologia, do grego γη- (ge-, "a terra") e λογος (logos, "palavra", "razão"), é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. É uma das Ciências da Terra. Os geólogos ajudaram a determinar a idade da Terra, que se julga ser cerca de 4.6 biliões de anos, descobriram que a litosfera terrestre se encontra fragmentada em várias placas tectónicas que se deslocam subre o manto superior fluido e viscoso (astenosfera) de acordo com um conjunto de processos denominado tectónica de placas. Os geólogos ajudam a localizar e a gerir os recursos naturais, como o petróleo e o carvão, bem como os metais como o ferro, cobre e urânio, por exemplo. Outros materiais de interesse económico são as gemas, bem como muitos minerais com aplicação industrial, como asbesto, pedra pomes, perlita, mica, zeólitos, argilas, quartzo ou elementos como o enxofre e cloro.
A palavra "geologia" foi usada pela primeira vez por
Jean-André Deluc em 1778, sendo utilizada por Horace-Bénédict de Saussure em 1779 de maneira mais definitiva. Astrogeologia é o termo usado para designar estudos similares de outros corpos do sistema solar. No entanto, também são usados termos específicos tais como selenologia (da Lua), areologia (de Marte).
A Geologia relaciona-se directamente com outras ciências, em especial com a
Geografia e Astronomia. Por outro lado a Geologia serve-se de ferramentas fornecidas pela Química, Física e Matemática, entre outras. Finalmente, a Biologia e a Antropologia servem-se da Geologia para dar suporte a muitos dos seus estudos.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Ciclo "Origens"

No âmbito da Ciência Viva no Verão, o Núcleo Interactivo de Astronomia (NUCLIO), está a promover um ciclo de conferências sobre...as Origens.

De onde vimos, De quem viémos...

Será que a Terra...gira?


As sessões terão início às 21:30.

Planetário Calouste Gulbenkian, nos dias 6/9, 13/9, 20/9, 27/9
Instituto Geográfico do Exército, nos dias 8/9, 15/9, 22/9 e 29/9.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Geologia do Petróleo

O estudo do petróleo engloba várias áreas da geologia, desde a prospecção, através de métodos geofísicos (sísmica, gravimetria, magnetometria, etc.), ao estudo das rochas reservatório, que servem de armadilha às reservas de petróleo ou gás, através da sedimentologia, estratigrafia e paleontologia.

Estes estudos tornam mais eficiente a "busca" a esta fonte de energia, que é a principal em todo o mundo, pois permitem inferir, com um considerável nível de certeza/risco, a localização destas ditas armadilhas.

A geologia do petróleo é, como muitas vertentes da geologia, uma combinação de vários conhecimentos, sendo necessário uma equipa pluridisciplinar em qualquer das fases de trabalho.

As imagens seguintes demonstram como se encontram as reservas de petróleo e como é extraído.

http://encarta.msn.com/media_461531212_761576221_-1_1/Oil_Drill_Rig_and_Reservoir.html

Para saber mais:

Encarta

Wikipedia

A explicação do fenómeno geométrico

A visão às vezes cega a razão...

que é realmente o que explica o fenómeno!

Comecemos pela primeira figura... temos um triângulo grande de lados rectos com comprimento 5 e 13, o que faz com que a inclinação da sua hipotenusa seja exactamente 5/13 (vulgo tangente do ângulo que a hipotenusa faz com a recta horizontal). Da mesma forma, o triângulo vermelho tem lados rectos 5 e 8 o que prefaz uma inclinação da hipotenusa de 5/8 e para o triângulo verde temos lados 2 e 5 ou seja, inclinacao de 2/5! Acontece que 2/5, 5/8 e 5/13 são todos números diferentes... daí que a hipotenusa do triângulo maior, que nos parece ser uma linha recta, na realidade não o seja! É uma linha quebrada nos vértices dos triângulos pequenos! Na segunda o argumento é semelhante...

E está resolvido o mistério... a área do quadrado que sobra é a àrea dessa parte que foi tomada a mais...

Explicação enviada pelo mestre Pedro Serranho

segunda-feira, julho 31, 2006

Sismologia: Pequenos sismos ajudam a prever os grandes

Uma notícia que saiu na Lusa, faz-me pensar no que pode acontecer no nosso cantinho da Terra que gira.

São os desastres naturais, como sismos e actividade vulcânica, que mais interesse despertam. Por certo estará relacionado com o medo, com a capacidade de transformação da paisagem...superior à nossa. O que é certo é que tem sido esta fonte de energia, a verdadeira "empresa de construção" em todo o mundo. Cria montanhas, oceanos...também os apaga, aproxima e afasta continentes. Aquece a Terra, oferece-nos Vida.

Lembro-me muitas vezes de que aconteça o que acontecer com o nosso "descuido" com a natureza, a Terra continuará a girar sobre si mesma, como se nem sequer tivéssemos existido. Nós, que somos o explendor máximo da criação...nem...sequer...existido.

A notícia da Lusa, enviada por I. M.

"Sismologia: Pequenos sismos ajudam a prever os grandes - estudo

Tóquio, 31 Jul (Lusa) - Investigadores japoneses e norte- americanosafirmam estar mais perto de desvendar os segredos da previsão sísmicadepois de terem descoberto uma ligação entre abalos quaseimperceptíveis, a grande profundidade, e terramotos devastadorescapazes de arrasar cidades.

A chave para a descoberta foram os chamados sismos silenciosos, que semovimentam tão lenta e gradualmente que não produzem ondas sísmicas,mas podem provocar abalos violentos ao acumular pressão sobre ascamadas superiores da crosta terrestre.

Este avanço na investigação sísmica resultou de um projecto de trêsanos das universidades de Tóquio e de Stanford (Estados Unidos), queencontrou um meio de fazer com exactidão um mapa dos epicentros dessespré-sismos minúsculos.

O trabalho, divulgado no princípio do mês pela revista Nature, poderácontribuir para melhorar as previsões sísmicas e ajudar a salvarvidas.
"Monitorizar estes sismos silenciosos é importante para prever grandessismos mais tarde", sublinhou Sho Nakamula, da Universidade de Tóquio.

Os sismos silenciosos só foram descobertos recentemente e, até agora,os cientistas tinham dificuldade em localizar o seu hipocentro (focono interior da Terra a partir do qual se considera iniciada apropagação da energia libertada por um sismo) e determinar comexactidão o mecanismo que os provoca.

O novo estudo assinala em pormenor a ligação entre os sismossilenciosos e outro tipo de abalos de profundidade, os tremores deterra de baixa frequência, que podem chegar a durar duas horas.

Ao monitorizar estes sismos de baixa frequência, os cientistas podem
concentrar pressão e onde é provável que ocorram grandes terramotos,com importantes consequências para as zonas de grande activida desísmica.


A investigação representa um progresso na previsão de grandes sismospor localizar exactamente a origem dos abalos de baixa frequência edos silenciosos, considerou Kazushige Obara, do Instituto Nacionalsobre Ciência da Terra e Prevenção de Desastres, que não participou noestudo mas descobriu em 2002 a existência dos sismos de baixa frequência.
"Todavia, não mostra ainda a relação exacta entre os tremores lentos eos grandes sismos", afirmou.

Duas das áreas estudadas neste projecto foram o sinclinal (a partecôncava de uma dobra da crosta terrestre) de Nankai, ao largo da costado Pacífico da ilha japonesa de Shikpku e a plataforma subaquática aolargo da costa pacífica dos estados norte-americanos de Washington e Oregon.
A região de Nankai é abalada uma vez por século por gigantescossismos, o último dos quais ocorreu em 1946 e causou cerca de 1.400mortos.
O noroeste do Pacífico é outra área crítica onde no último século seregistaram vários sismos de magnitude 7 e mais fortes e se estima queocorra um terramoto de magnitude 9, com maremoto, num intervalo de 400a 600 anos. O último com essa força data de 1700.

Este projecto trans-Pacífico, iniciado em 2002, foi dirigido pelosgeocientistas Greg Beroza e David Shelly, da Universidade de Stanford,e Satoshi Ide, da Universidade de Tóquio."

CM. Lusa

quinta-feira, julho 13, 2006

Por sugestão de um habitual visitante, aqui ficam dois livros de cabeceira:

"Sobre a Terra"
...é um livro de Ricardo Garcia, jornalista ambiental.
Como diz na capa, óptimo para quem lê e escreve sobre ambiente. É, de facto, urgente saber como escrever sobre ambiente, para que estes temas não caiam no esquecimento de uns "iluminados".

"Breve História de Quase Tudo" - Bill Bryson
Este é daqueles livro de consulta, do género almanaque da história. "Deixa-me abrir o livro e descobrir mais um pouco sobre uma época da evolução da ciência.." é o que apetece fazer às vezes.
Um dos pontos fortes do livro é existirem duas histórias de quase tudo. Uma, que já referi, a evolução da ciência. A outra, e que acompanha a anteior de uma forma quase inperceptível, é a evolução do universo, do sistema solar, da Terra...
Mais um jornalista...

terça-feira, junho 06, 2006

O que "gira" à volta da Terra

É bom quando somos surpreendidos assim. Longe estava eu de imaginar que em pleno interior ribatejano, iria encontrar um parque temático da Ciência Viva, dedicado à Astronomia, tão bem desenvolvido e projectado.


O parque fica bem perto de Constância. Tem exposições diárias, com cinco módulos, bem como um observatório astronómico e um planetário. Aconselhado aos amantes, aos curiosos e aos aprendizes do universo que "gira" à volta da Terra.















Horário:
Segunda | Descanso Semanal
Terça e Quarta | 10h00 às 13h00 - 14h30 às 18h00
Quinta | 10h00 às 13h00 - 14h30 às 18h00 | 21h00 às 23h00
Sexta | 10h00 às 13h00 - 14h30 às 18h00 | 21h00 às 23h00*
Sábado | 15h00 às 19h00 | 21h00 às 23h00
Domingo e Feriados | 15h00 às 20h00
* (Só na primeira Sexta-Feira de cada mês)


Centro de Ciência Viva de Constância

domingo, maio 14, 2006

E agora?

Ao princípio junta-se o útil ao agradável. A necessidade de oferta com a ciência da procura.
As casas cobrem-se de rochas ornamentais, as estradas ganham quilómetros e alguns bolsos enchem-se de dinheiro. Abrem-se buracos, rasgam-se serras, sempre com a intenção de explorar os recursos e equilibrar a economia. O pior é quando os buracos se somam, as serras desaparecem e a economia não ajuda.

Estremoz, 2006

Estremoz, 2006


E agora?


Lanço um desafio...

Que fazer às pedreiras abandonadas ou em fim de exploração?
Que reabilitação poderão ter?

sexta-feira, março 17, 2006

"Super Terra" a 9.000 anos-luz (por LUSA)

Uma equipa de astrónomos de vários países descobriu uma "Super Terra" fora do nosso sistema solar, a 9.000 anos-luz, indica um artigo hoje publicado por uma revista norte- americana de astronomia.

O planeta, formado por rochas e materiais semelhantes aos da Terra, pesa 13 vezes mais e tem uma temperatura média de 200 graus centígrados abaixo de zero, o que o converte num dos locais mais frios descobertos até agora fora do Sistema Solar.

Segundo a Astrophysical Journal Letters, este corpo celeste tem a massa de Neptuno e gira em volta de uma estrela duas vezes maior do que o Sol.

Os astrónomos detectaram o planeta no ano passado graças a um sistema chamado OGLE (acrónimo em inglês para Experiência de Lente Óptica Gravitacional), que analisa mudanças na luz vinda de estrelas distantes.

O método aplica-se quando uma estrela passa em frente de outro corpo celeste e a enorme força gravitacional actua como uma lente, aumentando a luz da estrela mais distante.

Observada a partir da Terra, a estrela que está atrás dessa luz parece maior e vai desaparecendo à medida que o outro corpo se afasta dela.

Segundo Andrew Gould, director do projecto, esta é a primeira vez que se detecta una estrela semelhante, porque os investigadores não tinham "os meios de a encontrar".

Por outro lado, o cientista assinalou que este tipo de "super Terras" geladas são bastante comuns, já que existem nas órbitas de "cerca de 35 por cento das estrelas", indicou.

Nos últimos anos, os astrónomos descobriram cerca de 170 planetas extra-solares, a maior parte dos quais gigantes gasosos como Júpiter.


agência LUSA
enviado por I. M.

sábado, fevereiro 11, 2006

Preservar vs Divulgar

Somos muitas vezes confrontados com esta escolha. Uma parte de nós leva-nos a querer partilhar os achados, os lugares intocados, mas por outro lado, desconfiados por natureza, reservamos esses direitos apenas para uns "predestinados".
Confesso-me incapaz, ainda, de saber definir as fronteiras entre a protecção e a divulgação. Penso ser essencial o envolvimento da população para a preservação do mundo natural. No entanto, como fazê-lo sem invadir esses espaços? Como incentivar uma povoação a participar numa escavação paleontológica sem que os trabalhos sejam "perturbados"? Qual é, nestes casos, o papel da divulgação?
A divulgação do património terá sempre os seus custos. Teremos de correr alguns riscos no início, principalmente porque este início já vem tarde. Urge conquistar a sociedade civil para os projectos de investigação, para o crescimento cultural e ambiental.

Monumento Natural das Pegadas de dinossáurios da Serra de Aire

cadaval, 2006

golfinhos do Sado


lince ibérico

lobo ibérico

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Será mais fácil de perceber assim?


...e se as mudanças nos começassem a afectar a nós? Incomodariam? Mudaríamos de atitude?

imagem enviada por Inês Mateus

quinta-feira, janeiro 12, 2006

A Terra vista do espaço

Um blog sobre o Planeta Azul não poderia deixar de recordar a existência dos dois softwares que melhor a retratam (literalmente): o Google Earth e o NASA Worldwind.

O primeiro é mais uma iniciativa do Google, que na sua demanda para catalogar e tornar acessível tudo o que existe, decidiu lançar um programa que disponibiliza imagens de satélite de todo o planeta assim como as principais localidades e estradas de cada região e até a localização de epicentros de sismos, aparelhos vulcânicos. Nos Estados Unidos é ainda possível saber onde fica a caixa multibanco, o restaurante, aeroporto, bar, centro comercial ou o hotel mais próximo.
A resolução das imagens é variável, existindo zonas onde é possível distinguir carros na rua (normalmente as zonas mais habitadas) e outras onde um quarteirão de uma cidade ocupa pouco mais que um pixel. Há também a possibilidade de visualizar o terreno a 3D, com resultados bastante espectaculares em zonas onde a resolução das imagens é mais alta.

O Worldwind é uma iniciativa da NASA e foi o primeiro deste género de programas. Disponibiliza imagens do satélite LANDSAT 7 para todo o mundo e os ortofotomapas da USGS para o território Americano. Apesar de ser menos versátil e não permitir resoluções tão altas como o Google Earth fora dos Estados Unidos, o Worldwind apresenta uma cobertura muito mais homogénea do globo, incluindo ilhas remotas e zonas pouco povoadas e uma ferramenta que permite a visualização de fenomenos naturais recentes na superfície terrestre (erupções vulcânicas, tempestades de areia, incêndios, furacões, a sombra de eclipses, etc).

Ambos os programas não se esgotam nas caracteristicas enumeradas acima e são ferramentas extremamente úteis para as Ciências da Terra e não só. Para além de disponibilizarem as sempre úteis imagens da área em estudo, podem até permitir a selecção de novas zonas de interesse ou simplesmente uma espreitadela virtual a sitios onde sempre quisemos ir mas ainda não tivemos essa oportunidade.


Worldwind: tempestade de areia ao largo das Canarias


Worldwind: Mount Saint Hellen


Worldwind: Monte Fugi


Worldwind: Estrutura de Richat, Mauritânia


Google Earth: Himalaias


Google Earth: Baixa de Lisboa


Google Earth: Vale do Zêzere, Serra da Estrela


PS: O autor não se responsabiliza por uma eventual descida da productividade no trabalho devido ao uso destes programas.

terça-feira, janeiro 10, 2006

"...tudo se transforma"

Há quem olhe para o nosso planeta e diga sem qualquer dificuldade que as rochas são "seres mortos", sem vida. Bom, talvez seja dos meus olhos, mas eu vejo as coisas de maneira diferente.
Uma rocha tem muito mais para nos dizer do que julgamos. Para ser sincero, é como se fossem livros codificados, mas daqueles que nos interessam mais. Porquê? Porque nos contam a história da Terra e são pistas fundamentais para o futuro.

A resposta para esta visão ou para poder ler estas histórias, não se encontra numa consulta num bom oculista, mas sim numa viagem...

ciclo das rochas

Este é um dos muitos folhetos de possíveis viagens...não nossas, mas das rochas, desses objectos que não têm vida. O que é certo é que é por causa delas que existe Vida neste planeta. Por isso, habituei-me a olhar de fora para dentro e ver as rochas como uma ínfima parte da Terra, um ser vivo, em constante transformação.


Links:
Windows to the Universe
Earth Floor

segunda-feira, janeiro 02, 2006

O que nos aquece?

Parece que estamos a aquecer, é um facto.



A grande questão é saber quais são as fontes deste calor, serão os gases com efeito de estufa? E será o Homem e o seu desenvolvimento industrial os principais responsáveis pela emissão destes gases? Ou serão os Vulcões?
É certo que este processo contribui para um aumento na poluição, mas será mesmo o principal responsável pelo Aquecimento Global?


Há quem não tenha dúvidas, mas há também quem não concorde com esta visão alarmante. Surge o debate. São encontrados outros responsáveis, como as variações de energia do próprio Sol, ou outras justificações, como a tendência Natural para este aquecimento, já que sempre assim foi na história da Terra.


E quais serão os verdadeiros efeitos deste aumento de temperatura? Será que o gelo polar vai mesmo derreter e aumentar o nível de água nos oceanos? Será que vamos passar a ter Verões cada vez mais quentes e Invernos cada vez mais frios?

A Terra sempre nos colocou desafios, sempre nos deixou a certeza de que nunca poderemos saber tudo sobre ela. Existirão sempre grandes questões, incertezas quanto à sua origem e evolução. O que não deixa dúvidas, é que é nela que habitamos, e é dela que recebemos a "dádiva" de estarmos Vivos.
Poderemos não ser os responsáveis por esta mudança. Se assim for, vamos poder descansar de novo e seguir as nossas vidas, coisa que nós, humanos, fazemos muito bem. Não importa muito se somos responsáveis pelas melhorias, o importante é não fazermos asneira, principalmente se isso nos vai incomodar.



links:
Earth Observatory
Global Warming Debate
EPA