segunda-feira, abril 28, 2008

Orion


Esta fotografia foi-me enviada pelo meu amigo Pedro Almeida (Obrigado :)). É sem dúvida uma excelente foto do claustro do Convento das Maltezas em Estremoz (onde há um Centro Ciência Viva). Mas se olharem bem, ali mesmo por cima encontra-se uma das minhas constelações preferidas: Orion. Esta constelação é constituída por magníficas estrelas brilhantes e é uma das mais visíveis em ambos os hemisférios. É também conhecida como "O Caçador", já que fazia lembrar (e aquela gente tinha muita imaginação) o Orion da Mitologia Grega que era um caçador gigante dos tempos primordiais. As três estrelas mais horizontais, também conhecidas como as "Três Marias", foram imaginadas como sendo o cinto do gigante e o outro lineamento mais vertical como correspondendo à espada.

A imagem debaixo veio daqui

sexta-feira, abril 25, 2008

Nascer e Pôr da Terra Cheia





Estas são as primeiras imagens de um Nascer e Pôr da Terra Cheia sobre a Lua. Foram captadas a 6 de Abril de 2008 por uma câmara de vídeo de alta definição (High Definition Television - HDTV) a bordo da sonda de exploração lunar 'KAGUYA' (SELENE), da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) e NHK (Japan Broadcasting Corporation). Esta sonda continua a orbitar a Lua a uma altitude de aproximadamente 100 km.

Vejam os vídeos (é só clicar):
Nascer da Terra

terça-feira, abril 22, 2008

Dia da Terra - Hoje

quarta-feira, abril 16, 2008

Espeleologia


A Espeleologia é a disciplina científica consagrada ao estudo das cavernas e de alguns objectos cársicos, da suas características, génese (espeleogénese), evolução e características físicas, bem como meio biológico associado, actual ou passado. A espeleologia é assim uma ciência multi-disciplinar envolvendo a Geologia (Tectónica, Morfologia, Hidrologia, Espeleogénese), a Paleontologia, a Biologia (Flora, Fauna, Ambiente Cavernícola, Ecologia) e a Arqueologia.

Desde tempos imemoraveis que o Homem se sente atraído pelas cavernas, quer como abrigo temporário ou definitivo, quer como local mágico e/ou religioso dedicado ao culto de deuses, ou ainda como sendo as portas do inferno. No entanto muitos de nós já passámos perto de cavernas e com certeza que nos chamou a atenção e despertou alguma curiosidade. Existem cavidades no solo (naturais ou artificiais) praticamente por toda a parte, mas é sobretudo nas regiões onde existem grandes extensões de calcário (uma rocha essencialmente constituída por carbonato de cálcio) que se encontram as cavidades denominadas cavernas ou, mais popularmente, grutas, covas, furnas ou algares.

Apesar de desde a mais remota antiguidade haver referências escritas e mais ou menos interpretativas sobre cavernas foi só no último quarto do século XIX que se iniciou o seu estudo sistemático (exploração, estudo e documentação). Foi com o francês Édouard-Alfred Martel que nasceu a espeleologia moderna. Martel foi um pioneiro na exploração do mundo subterrâneo, tendo explorado milhares de cavernas por todo o mundo. Foi também ele que em 1895 fundou a Société de Spéléologie, a primeira instituição em todo o mundo dedicada ao estudo das cavernas.

Fica aqui um link onde se pode encontrar um pouco da história da espeleologia em Portugal.

A fotografia de topo foi tirada na Mammoth cave, uma caverna labiríntica com mais de 500 quilómetros de galerias e passagens. A fotografia aqui em baixo foi tirada no Ladoeiro, na Serra d'Aire e Candeeiros.


Queria dedicar este post aos meus amigos do Espeleo Clube de Torres Vedras onde passei escelentes momentos e com quem muito aprendi. Um abraço especial para o Ricardo (na fotografia).

Sigur Ros - Hafsol @ Glastonbury

Porque a música também faz parte desta magnífica Terra. O Homem já mostrou ser capaz das maiores crueldades, e isto é para que não nos esqueçamos que também temos o dom de fazer coisa maravilhosas.

A música é cantada em Islandês, mas fica aqui uma tradução:

Behind a vessel of clouds, the sun wakes up from its lethargy
Refreshes itself with some little raindrops
Plays with the hot flames of the fire
Makes rainbows

quarta-feira, abril 09, 2008

Phobos: uma das luas de Marte



Esta fotografia espectacular foi obtida em 23 de Março de 2008 pela Mars Reconnaissance Orbiter da NASA. Na realidade são duas fotos tiradas com um intervalo de 10 minutos e posteriormente combinadas de forma a obter uma imagem 3D. Phobos tem cerca de 22 km de diâmetro e tem sido alvo de interesse devido ao facto dos cientistas da NASA terem evidencias desta lua ser rica em gelo e compostos ricos em carbono.



Crédito da Imagem: NASA

terça-feira, abril 08, 2008

Velocidade da Terra

Viajamos a uma velocidade incrível!

A Terra gira em torno do Sol a 107.000 Km/h ou 30 km/s.

O Sol gira em torno do centro da nossa galáxia Via Láctea a cerca de 900.000 km/hora ou 250 km/s. (e demora cerca duzentos milhões de anos a dar uma volta completa).

A Via Láctea move-se em relação à galáxia Andrómeda a cerca de 1.080.000 km/hora ou 300 km/s.

O nosso Grupo Local (de galáxias) move-se em relação a um outro denominado de Aglomerado Virgem a uma velocidade de 1.800.000 km/h ou 500 km/s.

Imagem: NASA

sexta-feira, abril 04, 2008

quinta-feira, abril 03, 2008

Buraco Negro XTE J1650: o mais pequeno detectado até hoje


O conceito de Buraco Negro, na sua forma moderna, emergiu da teoria da relatividade geral de Einstein. Esta prediz que se uma porção de matéria for suficientemente comprimida, a sua gravidade torna-se tão forte que distorce uma porção de espaço de onde nada consegue escapar. A velocidade de escape excede a velocidade da luz (aproximadamente 300.000 km/s) e nem mesmo esta pode escapar do seu interior, daí a origem do termo negro (se não houver luz emitida ou reflectida o objecto é invisível).

No entanto, os efeitos gravitacionais dos Buracos Negros sobre a matéria envolvente, em particular sobre nuvens de gás, podem ser detectados. Foi exactamente isso que um equipa de astrónomos fez. Mediram as vibrações de uma nuvem de gás de forma extremamente precisa e com isso puderam calcular a força do campo gravitacional do Buraco Negro, o que lhes permitiu saber qual a sua massa.

Nikolai Shaposhnikov e Lev Titarchuk, do Goddard Space Flight Center da NASA descobriram o Buraco Negro mais pequeno alguma vez detectado. Este objecto denominado de XTE J1650 tem cerca de 3,8 vezes a massa do Sol e o seu diâmetro é de aproximadamente 25 quilómetros (o tamanho de uma grande cidade). Segundo Shaposhnikov este é o objecto mais pequeno alguma vez detectado fora do sistema solar.

Ver notícia aqui

quarta-feira, abril 02, 2008

Sobre o Universo (continuação) - O Big Bang e o Universo Infinito


No post anterior Sobre o Universo falei sobre o facto de o Universo poder ser infinito. O leitor João perguntou "O facto de se pressupor uma origem (Big Bang) e o facto de estar em expansão não conduz imediatamente à conclusão de finitude?"
É uma pergunta pertinente e que tem toda a lógica. Se o Universo começou no Big Bang isso não implica necessariamente que este seja finito? Vou atrever-me a responder à pergunta.

A teoria do Big Bang baseia-se entre outras coisas nas observações de Hubble que mostraram que as Galáxias se estão a afastar. Na realidade elas não se mexem. É o espaço entre elas que expande. A analogia clássica é a da superfície de um balão. Se marcarmos pontinhos na superficie de um balão vazio e depois o enchermos, os pontinhos vão afastar-se. Eles não se afastam por se estarem a mover, mas sim porque a superfície do balão está e expandir.

Quando dizemos que no momento do Big Bang todo o Universo estava concentrado num ponto podemos estar a cometer um erro. O que a teoria do Big Bang diz é: o Universo observável estava concentrado num ponto com densidade e temperaturas extremas. Esta distinção é muito importante e crucial. Vou tentar explorar esta questão com a ajuda de uma imagem.

A figura em baixo mostra dois momentos do Universo. O lado esquerdo representa o Universo quando este tinha 1 Giga-ano (1 milhar de milhões de anos) de idade após o Big Bang , e do lado direito está o nosso Universo perto da actualidade, ou seja, com cerca de 13 Giga-anos.


As caixas têm ambas cerca de 78 mil milhões de anos luz (78 Giga-anos/luz) de largura. A bola verde do lado direito representa o nosso Universo observável. Do lado esquerdo está representado o Universo quando este tinha 1 Giga-ano luz. É possível observar que a bola verde era muito mais pequena, o nosso Universo observável era muito mais pequeno. Se recuássemos até ao momento do Big Bang o nosso Universo observável seria apenas um ponto e nesse momento a caixa estaria cheia de ponto e seria completamente preta. O nosso Universo observável seria um ponto de densidade infinita, mas na verdade todo o Universo poderia estar cheio de pontos de densidade infinita.

Note-se que as caixas são apenas uma parte infinitesimal do Universo. As paredes não existem. A caixa é infinita para todos lados. Os pontos pretos são representações de Galáxias. Umas dentro do nosso Universo observável, outras fora.

Resumindo, se partirmos do principio de que o Universo é infinito, no momento do Big Bang o Universo observável estaria concentrado num ponto de densidade extrema, mas o Universo poderia continuar a ser infinito e teria densidade extrema em toda a parte, em toda a infinitude.

Fonte: UCLA Division of Astronomy and Astrophysics. Texto adaptado de Prof. Edward L. Wright que se encontra aqui.

Imagem de topo: Rampant Mac