sexta-feira, janeiro 26, 2007

dolphin2

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao ver estas imagens fico com sentimentos contraditórios.
Por um lado acredito que levar as pessoas a ver os golfinhos no seu habitat natural as possa levar a interessarem-se por estes (e outros) animais marinhos, podendo despertar sentimentos conservacionistas que nos nossos dias são cada vez mais necessários.
Por outro lado, esta industria deixa-me 1 pouco preocupado. Este ano tive de férias em Lagos e ao longo da marginal tangente à marina, existiam dezenas de bancas onde se vendiam bilhetes para se ir fazer "whale watching". Os barcos saiam de hora a hora e em muitas destas bancas era garantida a observação destes mamiferos. Estas dezenas de bancas significam dezenas de barcos. Assim, desde as 9 da manhã até o sol se por, os golfinhos não têm um momento de descanso!! São perseguidos por barcos o dia inteiro, sendo que estes barcos se aproximam o mais possivel para que se possam ver bem os golfinhos. Deste ponto de vista, esta prática parece-me bastante reprovável!

joaosete disse...

Os perigos existem, sou de opinião de que para preservar é preciso conhecer/divulgar. Nisso estou de acordo com a parte inicial do comentário. Partilho ainda as preocupações, e é aí que se devem tomar medidas sérias, e não falo apenas da observação de animais. Por exemplo o uso das reservas naturais para percursos, o campismo selvagem...

É necessário haver uma regulamentação para estes casos, para que sirvam de inspiração à conservação, sem a prejudicarem.

João Moedas Duarte disse...

Um apontamento. Podia ter referido e não referi. Estes dois videos foram feitos durante uma campanha de investigação científica. Onde foram estudados temas como vulcanismo de lama, hidratos de metano, corais de água fria, tectonica, entre outras coisas. Um dos grandes objectivos destes estudos é o de conhecer para preservar. Durante esta campanha jutaram-se a nós, durante várias milhas, golfinhos e baleias, que parecem ter uma atracção especial pelos seres humanos. Sou contra o turismo intensivo. Mas neste caso tratou-se mesmo de trabalho. Sou geologo marinho. E confesso que odeio ver os barco cheios de turistas armados em espertos. Mas por vezes mostrar as coisas às pessoas, pode ajudar a preservá-las.
Neste caso, depois de várias semanas de trabalho com água em todo o horizonte, foi um momento muito especial encontrar estes seres tão fabulosos.