Sismologia: Pequenos sismos ajudam a prever os grandes
Uma notícia que saiu na Lusa, faz-me pensar no que pode acontecer no nosso cantinho da Terra que gira.
São os desastres naturais, como sismos e actividade vulcânica, que mais interesse despertam. Por certo estará relacionado com o medo, com a capacidade de transformação da paisagem...superior à nossa. O que é certo é que tem sido esta fonte de energia, a verdadeira "empresa de construção" em todo o mundo. Cria montanhas, oceanos...também os apaga, aproxima e afasta continentes. Aquece a Terra, oferece-nos Vida.
Lembro-me muitas vezes de que aconteça o que acontecer com o nosso "descuido" com a natureza, a Terra continuará a girar sobre si mesma, como se nem sequer tivéssemos existido. Nós, que somos o explendor máximo da criação...nem...sequer...existido.
A notícia da Lusa, enviada por I. M.
"Sismologia: Pequenos sismos ajudam a prever os grandes - estudo
Tóquio, 31 Jul (Lusa) - Investigadores japoneses e norte- americanosafirmam estar mais perto de desvendar os segredos da previsão sísmicadepois de terem descoberto uma ligação entre abalos quaseimperceptíveis, a grande profundidade, e terramotos devastadorescapazes de arrasar cidades.
A chave para a descoberta foram os chamados sismos silenciosos, que semovimentam tão lenta e gradualmente que não produzem ondas sísmicas,mas podem provocar abalos violentos ao acumular pressão sobre ascamadas superiores da crosta terrestre.
Este avanço na investigação sísmica resultou de um projecto de trêsanos das universidades de Tóquio e de Stanford (Estados Unidos), queencontrou um meio de fazer com exactidão um mapa dos epicentros dessespré-sismos minúsculos.
O trabalho, divulgado no princípio do mês pela revista Nature, poderácontribuir para melhorar as previsões sísmicas e ajudar a salvarvidas.
"Monitorizar estes sismos silenciosos é importante para prever grandessismos mais tarde", sublinhou Sho Nakamula, da Universidade de Tóquio.
Os sismos silenciosos só foram descobertos recentemente e, até agora,os cientistas tinham dificuldade em localizar o seu hipocentro (focono interior da Terra a partir do qual se considera iniciada apropagação da energia libertada por um sismo) e determinar comexactidão o mecanismo que os provoca.
O novo estudo assinala em pormenor a ligação entre os sismossilenciosos e outro tipo de abalos de profundidade, os tremores deterra de baixa frequência, que podem chegar a durar duas horas.
Ao monitorizar estes sismos de baixa frequência, os cientistas podem
concentrar pressão e onde é provável que ocorram grandes terramotos,com importantes consequências para as zonas de grande activida desísmica.
A investigação representa um progresso na previsão de grandes sismospor localizar exactamente a origem dos abalos de baixa frequência edos silenciosos, considerou Kazushige Obara, do Instituto Nacionalsobre Ciência da Terra e Prevenção de Desastres, que não participou noestudo mas descobriu em 2002 a existência dos sismos de baixa frequência.
"Todavia, não mostra ainda a relação exacta entre os tremores lentos eos grandes sismos", afirmou.
Duas das áreas estudadas neste projecto foram o sinclinal (a partecôncava de uma dobra da crosta terrestre) de Nankai, ao largo da costado Pacífico da ilha japonesa de Shikpku e a plataforma subaquática aolargo da costa pacífica dos estados norte-americanos de Washington e Oregon.
A região de Nankai é abalada uma vez por século por gigantescossismos, o último dos quais ocorreu em 1946 e causou cerca de 1.400mortos.
O noroeste do Pacífico é outra área crítica onde no último século seregistaram vários sismos de magnitude 7 e mais fortes e se estima queocorra um terramoto de magnitude 9, com maremoto, num intervalo de 400a 600 anos. O último com essa força data de 1700.
Este projecto trans-Pacífico, iniciado em 2002, foi dirigido pelosgeocientistas Greg Beroza e David Shelly, da Universidade de Stanford,e Satoshi Ide, da Universidade de Tóquio."
CM. Lusa
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