A terceira Cultura
A distância entre "linguagens" não é recente. Já na década de 1950 havia uma cisão entre duas culturas, a das artes (pintores, escritores, etc) e os cientistas. Os primeiros assumiam para si o papel de pensadores, de visionários. Era deles a responsabilidade de traçar o rumo para as suas comunidades. Aos cientistas restava...
C.P. Snow, filósofo e cientista e autor de um livro intitulado " As Duas Culturas", previa o aparecimento de uma terceira cultura. A ideia, optimista, era a de que os "artistas" se iriam aproximar da "outra" cultura, que os passariam a entender e fazer chegar ao grande público as novas descobertas sobre o mundo e os mundos novos descobertos. A verdade é que a história não se desenrolou bem assim. Foi através de uma linguagem mais actual dos cientistas e da adaptação da ciência à ficção que foi crescendo a curiosidade e interesse do cidadão comum. Nascia assim a Terceira Cultura e desde então, nomes como Carl Sagan contribuíram para o seu desenvolvimento.
Boas notícias, benvindo o tão afamado choque tecnológico e a nova Terceira Cultura.
1 comentário:
Concordo com este ponto de vista. Há realmente três culturas. Duas delas bem estabelecidas, uma terceira a crescer. Mas existe ainda uma Quarta Cultura a crescer a pseudo-ciência. Esta é muito bem relatada no livro "Um Mundo Infestado de Demónios" de Carl Sagan. É uma cultura que tenta misturar disciplinas não-científicas com a ciência, dando-lhe assim um caracter mais plausivel. Isto não é um problema para a ciência, mas as pessoas em geral e principalmente para os que tentam emplementar uma Terceira Cultura rigorosa. Entre esta quarta cutura consta por exemplo o criacionismo, as cristaloterapias e os professores Mambo e Mamadú. Eu não sou contra as interpretações alternativas do mundo natural. Sou só totalmente contra que se tentem misturar estas interpretações isotéricas com os principios bem estabelecidos da ciencia.
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