terça-feira, fevereiro 13, 2007

Intensidade vs Magnitude

Intensidade e Magnitude...

Pode não parecer mas são duas medidas distintas, apesar de ambas serem classificadoras de sismos.

A Intensidade, utilizada na Escala de Mercalli, serve para uma classificação apenas qualitativa de um sismo. É obtida a partir dos seus efeitos na população e estruturas. Como depende única e exclusivamente da observação humana, não pode, nem deve ser utilizada para medições absolutas. Por exemplo, um sismo no deserto, por muita que seja a energia libertada, será sempre de um grau de intensidade baixo, devido aos seus efeitos nas populações e estruturas.


A escala de Mercalli tem 12 graus:
Intensidade I
: Nenhum movimento é percebido.
Intensidade II : Algumas pessoas podem sentir o movimento se estiverem em repouso e/ou em andares elevados de edifícios.
Intensidade III : Diversas pessoas sentem um movimento leve no interior de prédios. Os objectos suspensos mexem-se. No exterior, no entanto, nada se sente.
Intensidade IV : No interior de prédios, a maior parte das pessoas sentem o movimento. Os objectos suspensos mexem-se, e também as janelas, pratos, armação de portas.
Intensidade V : A maior parte das pessoas sente o movimento. As pessoas adormecidas acordam. As portas fazem barulho, os pratos partem-se, os quadros mexem-se, os objectos pequenos deslocam-se, as árvores oscilam, os líquidos podem transbordar de recipientes abertos.
Intensidade VI : O terremoto é sentido por todas as pessoas. As pessoas caminham com dificuldade, os objectos e quadros caem, o revestimento dos muros pode rachar, as árvores e os arbustos são sacudidos. Danos leves podem acontecer em imóveis mal construídos, mas nenhum dano estrutural.
Intensidade VII : As pessoas têm dificuldade de se manter em pé, os condutores sentem os seus carros sacudirem, alguns prédios podem desmoronar. Tijolos podem desprender-se dos imóveis. Os danos são moderados em prédios bem construídos, mas podem ser importantes no resto.
Intensidade VIII : Os condutores têm dificuldade em conduzir, casas com fundações fracas tremem, grandes estruturas como chaminés e prédios podem torcer e quebrar. Prédios bem construídos sofrem danos leves, contrariamente aos outros, que sofrem danos severos. Os ramos das árvores partem-se, as colinas podem abrir fendas se a terra está húmida e o nível de água nos poços artesianos pode modificar-se.
Intensidade IX : Todos os prédios sofrem grandes danos. As casas sem alicerces deslocam-se. Algumas canalizações subterrânes quebram-se, a terra abre fendas.
Intensidade X : A maior parte dos prédios e suas fundações são destruídos, assim como algumas pontes. As barragens são significativamente danificadas. A água é desviada de seu leito, largas fendas aparecem no solo, as linhas de comboio entortam.
Intensidade XI : Grande parte das construções desabam, as pontes e as canalizações subterrâneas são destruídas.
Intensidade XII : Quase tudo é destruído. O solo ondula. Rochas podem deslocar-se.

Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Mercalli"



A Magnitude classifica o sismo de uma forma quantitativa, medindo a energia libertada durante um sismo.

A escala usada para a medição da Magnitude é logarítmica. Isto deve-se à necessidade de medir os sismos mais pequenos e também os maiores. É uma escala, por isso, aberta, ou seja, não tem limites. Esses limites são impostas pela própria natureza, que a condiciona através da resistência das rochas da crosta.

Serviço de Sismologia do México

Magnitude e energia podem ser relacionadas pela fórmula descrita por Gutenberg e Richter em 1935,

log E = 11,8 + 1,5M
onde: E=energia liberada em ergs
M=magnitude do sismo.



Comparação entre os grandes sismos, a energia libertada e outros acontecimentos de impactos semelhantes.

Supernovas

Supernova é o nome dado à explosão de uma estrela com mais de 10 massas solares, produzindo uma nuvem de plasma extremamente brilhante. O brilho destes objectos vai diminuindo até se tornarem invisíveis passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode aumentar um bilião de vezes a partir de seu estado original tornando a estrela tão brilhante como uma galáxia .

Remnants of Kepler's Supernova (en:SN 1604). This image has been constructed of images from NASA's en:Spitzer space telescope, Hubble Space Telescope, and en:Chandra X-ray Observatory.

A explosão de uma supernova pode expelir para o espaço até cerca de 9/10 da matéria inicial da estrela. O núcleo remanescente passa a ter uma massa superior a 1,5 Massas solares, a Pressão de Degenerescência dos electrões deixa de ser suficiente para manter o núcleo estável e em consequência os electrões colapsam com o núcleo dos átomos colidindo com os protões e originando neutrões. O resultado é um estrela composta por neutrões com aproximadamente 15km de diametro e extremamente densa, conhecida como estrela de neutrões ou Pulsar. Quando a massa do núcleo de uma estrela ultrapassa 3 massas solares a Pressão de Degenerescência dos neutrões não consegue manter o núcleo e a estrela continua a colapsar dando origem a uma singularidade no espaço-tempo conhecida como Buraco Negro.

Texto adaptado de fontes da Wikipédia.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Animação: sismos

Vejam este link:

Os Terramotos - Infografia - SIC

tem uma animação muito fixe!

O sismo



USGS

EMSC

Mecanismo focal via IGN.


Este sismo teve origem na zona da Planície Abissal de Ferradura, onde se localiza uma falha de cavalgamento com várias dezenas de quilometros, com direcção aproximada NNE-SSW. Nesta área estão também presentes falhas de desligamento com mais de cem quilometros de expressão morfológica, de direcção WNW-ESE.
Pensa-se que a fronteira entre as placas tectónicas Ibérica e Áfricana se localiza neste local. Esta estrutura é presentemente uma forte candidata a fonte do Grande Sismo de Lisboa de 1755.
Este sismo vem comprovar o elevado risco sismico a que Portugal está sujeito.

Sismo 12-02-2007


Acabei de sentir um sismo. Estou em Lisboa e são 10h45m.
Aqui foi bastante forte e durou uns 20 segundos.

EMSC:
Magnitude: 6.1
Profundidade: 67 km

USGS:

MAP6.0 2007/02/12 10:35:2235.843-10.28910.0AZORES-CAPE ST. VINCENT RIDGE

Aquecimento Global e os "cépticos"

domingo, fevereiro 11, 2007

Critérios...

Uma lua temperamental

É com enorme satisfação que escrevo neste blog, que já lia com frequência desde há algum tempo, e através do qual posso contactar com as ideias de colegas que tanto admiro. Espero que este seja o início de uma divertida colaboração, da qual espero vir a aprender muitas coisas e receber notícias de como evolui a investigação das Geociências por Portugal.



Como primeiro post, resolvi escrever um pequeno texto sobre a natureza química das fabulosas plumas de Encelado (lua de Saturno), fotografadas pela sonda Cassini. Em post anteriores falou-se bastante de hidratos de metano e vulcões de lama e, neste caso, parece que a geologia dita terrestre, encontra uma manifestação análoga em outras paragens celestes, sendo motivo de alegria para um cientista ver o campo das suas observações alargar-se à escala planetária.

A superfície de Encelado (480 km de diâmetro) apresenta manifestações geológicas curiosas, pelo facto de representarem uma assimetria peculiar na distribuição de actividade. Existem zonas desoladoras, em tudo semelhantes ao que vemos quando contemplamos a nossa Lua, com crateras de impacto de 35 km de diâmetro, sem aspectos erosivos ou estruturas tectónicas. No entanto, outras regiões de Encelado sugerem a presença de uma superfície bastante recente; com fissuras, terreno enrugado e outras deformações crustais. O seu pólo Sul é a parte mais activa, onde foram fotografadas plumas, que escapam ao próprio campo gravítico do satélite, agregando-se aos anéis de Saturno. Os dados recolhidos pela Cassini sugeriam que por baixo da superfície gelada, composta essencialmente por CO2 e água congelados, poderia haver um reservatório de água líquida a uma temperatura próxima do ponto de congelação. A expulsão desta água, através de monumentais geisers, estaria na origem das plumas observadas, de acordo com o seguinte modelo:


No entanto, o modelo descrito falha se considerarmos que 10% dos materiais expelidos nas plumas correspondem a metano e azoto molecular, praticamente insolúveis em água líquida, mas muito solúveis em gelo, formando compostos chamados “clatratos” (grupo no qual se inserem os famosos hidratos de metano). Assim, seria impossível que estes compostos estivessem em dissolução num reservatório de água líquida. Os investigadores propuseram um modelo alternativo que explique a presença das plumas em Encelado, referindo que os gases detectatos pela Cassini estariam dissolvidos em reservatórios de clatratos, sob o gelo superficial da região sul-polar. Quando os clatratos são expostos ao vazio, as moleculas de gás rompem o gelo onde estão retidas, arrastando partículas do mesmo na sua trajectória em direcção ao espaço. A decomposição violenta de clatratos explica a presença nas plumas de moléculas gasosas de azoto molecular, metano, dióxido de carbono, assim como partículas de gelo. A sublimação de algumas destas partículas resultaria no vapor de água detectado pela Cassini. Este modelo permite supor a existência de um meio com temperaturas entre 80 a 100º C mais frias que a água líquida, no qual se produzem plumas a partir de depósitos de clatratos, e não água líquida.


A exposição de clatratos ao vácuo pode ter a sua origem num ciclo contínuo de abertura e encerramento de fissuras na crosta gelada superficial do pólo sul, alimentado pela energia interna do planeta, gerando, assim, geisers cuja mecânica é muito semelhante aos que vemos na Terra, mas com uma pluma muito maior, devido à sua fraca atracção gravitacional.

Este mecanismo foi publicado na Science de 15 de Dezembro de 2006, e tem como autores cientistas da Universidade de Illinois (Southwest Research Institute ) e da Universidade da Califórnia.

ClimatePrediction.net



Há uns tempos vi um documentário sobre alterações climáticas e aquecimento global na RTP2 onde eram entrevistados climatólogos e modeladores que mostravam os seus super computadores e se lamentavam da falta de meios e tempo para completar mais simulações da evolução do clima nos próximos anos.
Um desses investigadores tinha proposto uma outra solução, ele desenhou uma versão mais simplificada do modelo que pode correr em computadores pessoais usados em casas e escritórios quando os seus utilizadores não necessitam de usar todo o potencial da máquina.
Entretanto, as diferentes versões deste modelo já completaram mais de 20 000 000 de anos de simulações cujos resultados parciais podem ser consultados aqui.
Se alguém estiver interessado em participar no projecto e adquirir este screensaver original, pode encontrar instruções e mais informações sobre os modelos e os resultados em ClimatePrediction.net, recomenda-se no entanto uma visita obrigatória à página dos requisitos mínimos, porque a brincadeira é um bocado pesada...

sábado, fevereiro 10, 2007

Deformação na Ásia a partir de medições GPS


A colisão entre as placas Indiana e Euroasiática continua a condicionar a tectónica Asiática.
Mapa publicado aqui e neste artigo.

Geologia de Campo (VIII)


Brecha vulcânica na Praia da Assenta, Torres Vedras.

Esta brecha está exposta numa falésia com 40 metros de altura e incluí clastos de todos os tamanhos, cores e feitios e naturezas, desde o encaixante sedimentar até bocados do soco Paleozóico, com tamanhos que vão desde o alguns centímetros até pedaços do tamanho de carros que não cabem numa só fotografia.
As brechas deste tipo formam-se quando o magma em ascensão encontra um lençol freático ou quando os gases nele contidos entram em exsolução resultando numa violenta explosão que vai provocar a brechificação do material envolvente, podendo atingir a superfície e formar uma cratera do tipo Maar.
No entanto, o desinteresse das autoridades locais pelo património geológico (e não só...) impede que este afloramento excepcional seja devidamente divulgado e apreciado (um pequeno painel explicativo não custava assim tanto...). Fica a sugestão.

As Leis de Newton

As duas primeiras leis de Newton podem-se deduzir da mesma equação:


F = ma

(A resultante das forças é igual ao produto da massa pela aceleração)

A força poderá ser medida em Newton se a massa for medida em kg e a aceleração em m/s² pelo Sistema Internacional de Unidades de medidas ( S.I ).


Começemos pelo princípio...


Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.

(Todo corpo continua em estado de repouso ou de movimento uniforme em linha recta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.)


1. Primeira lei de Newton ou princípio da inércia:

Um exemplo prático:

“No Metro”

Despertados pelo sinal sonoro da chegada do Metro à estação, dirigimo-nos até ao limite do cais de embarque... Abrem-se as portas, deixamos sair quem tem de sair (é importante que retenham isto, não tem nada haver com Física, apenas com civismo). Para este exercício simples, recomendo que fiquem de pé... soa o aviso de que as portas vão fechar, um último passageiro entra a correr e orgulha-se da sua proeza (“Consegui!”).

Neste momento encontramo-nos parados, dentro do Metro. No momento em que o Metro arranca, sentimos que somos puxados para trás, mas o que acontece realmente é que o nosso corpo, tal como o de qualquer outro passageiro, mesmo o orgulhoso “último passageiro”, tem a tendência para se manter exactamente como estava...ou seja, parado, sem movimento.

Mais umas centenas de metros à frente, chegamos à próxima estação e, embora sintamos o nosso corpo parado, ele está em movimento, precisamente à mesma velocidade que a do Metro. Na travagem, sentimos o oposto, parece que somos empurrados para a frente, quando o que realmente acontece é que o nosso corpo tem a tendência para continuar em movimento, à mesma velocidade que seguia.



“Um corpo que esteja em movimento ou em repouso, tende a manter o seu estado inicial.”


Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, etfieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur.

(A mudança de movimento é proporcional à força imprimida, e é produzida na direcção da linha recta na qual aquela força é imprimida.)


2. Segunda lei de Newton ou
princípio fundamental da mecânica:

Um exemplo prático:
“Ainda no Metro”
Como estas duas leis se
podem deduzir uma da outra, resolvi continuar com o mesmo exemplo.
Já sabemos que um corpo tem a tendência para manter o seu estado de movimento/inércia.
No caso do Metro sabemos ainda que, quando em “andamento”, temos a mesma velocidade que o Metro. O que esta segunda lei nos diz é que, quanto maior for a força que nos “puxa para trás” (no arranque), maior será a nossa (do Metro) aceleração (a aceleração, grosso modo, é a uma variação de velocidade). O que é verdadeiramente extraordinário nesta lei, é que funciona ao contrário também, ou seja, quanto maior for a aceleração do(s) corpo(s), maior será a resultante das forças neles aplicada.
“A resultante das forças que agem num corpo é igual ao produto da sua massa pela aceleração adquirida.”

Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi.
(Para toda a acção há sempre oposta uma reacção igual, ou, as acções mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.)

3. Terceira Lei de Newton ou lei de acção e reacção:

Um exemplo prático:
“Os encontrões no Metro”
Para quem usa frequentemente este meio de transporte já deve ter passado por esta experiência, pelo que apelo à memória e imaginação.

Quantas vezes não arriscamos a nossa integridade numa simples viagem de Metro? Quantas vezes não tivémos de seguir viagem sem um apoio garantido, apenas suportados pelo nosso frágil equilíbrio?
Avancemos para o momento da travagem... Estamos, como disse antes, sem qualquer apoio, apenas confiando no nosso equilíbrio. Neste momento, e segundo a primeira lei de Newton, o nosso corpo continua o movimento com a velocidade que trazia, ou seja, neste momento, temos a tendência para “ultrapassar” o Metro. O que realmente acontece é que entramos em
desequilíbrio, acabamos por dar um encontrão ao senhor que estava ao nosso lado, o que é bom para nós pois conseguimo-nos manter de pé, mas em jeito de dominó, os encontrões sucedem-se. A cada encontrão existe uma cara de alívio pelo equilíbrio readquirido, e outra de sufoco, à procura de uma força que contrarie a possível queda. Os encontrões terminam ao pé da porta da carruagem, no preciso momento em que o Metro chega à estação e pára, de portas abertas...desta vez não há “força de reacção”, a não ser que alguém, do lado de fora da carruagem, revele sinais de fraco civismo e esteje em cima da porta, mesmo “a tempo” de participar no exemplo da terceira lei de Newton.

"Para cada acção há sempre uma reacção oposta e de igual intensidade."


Na Wikipédia:
As Leis de Newton

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Comissão Europeia quer punir crimes ambientais graves com penas de prisão

"A Comissão Europeia propôs hoje, em Bruxelas, uma directiva que cria a figura de "crime ambiental" e prevê penas de prisão até dez anos para atentados graves contra o ambiente."

ver notícia em: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1285227&idCanal=90

Já era mais que tempo de agir neste sentido!!! Quantos de nós já estão fartos que não se faça nada?
Será que é preciso que todos os rios se tornem em esgotos a céu aberto (já faltam muito poucos), para que quem de direito tome medidas?

O exemplo do Rio Sizando em Torres Vedras é um caso paradigmático! A geração dos meus pais tomaram lá banho, e agora sente-se o cheiro a podre a mais de umas centenas de metros de distância e água é preta, mas mesmo preta! Quando não vem carregada de outras substâncias mais estranhas. Toda a gente sabe de onde vem a poluição e ninguém faz nada. É nojento! É um verdadeiro crime contra o ambiente. Pôr em causa a qualidade de vida de milhares de pessoas para que meia dúzia possam enriquecer. E pior, quem tem o dever de acabar com esta estupidez não o faz . Irresponsáveis! Deviam ir todos para a prisão.. E se tudo correr bem, se esta lei for para a frente e principalmente se for aplicada (o que acredito que seja difícil em portugal) essas pessoas irão em breve passar uns anos a ver o Sol aos quadradinhos.


quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Fresquinha, fresquinha...

Acabada de solidificar.
Esta, é uma foto tirada na Crista do Pacifíco Este a uma lava em almofada com apenas alguns meses de existência.
A cor negra e a cobertura vítrea muito fracturada, assemelhando-se a uma côdea de pão não enganam, esta é uma das mais recentes adições à crosta oceânica terrestre e contrasta nitidamente com o basalto mais cinzento e alterado que cobre.
Aproveita estes próximos milhões de anos que há certamente uma zona de subducção há tua espera... (a não ser que tenhas o raro privilégio de ser obductada, mas isso fica para outra altura).

Mais informações, fotos, reportagens e videos relacionados com o projecto que monotoriza este segmento de crista média oceânica aqui.

Geologia de Campo (VII)

Soleira da Foz da Fonte, Sesimbra, uma digna representate do magmatismo tardi-Cretácico em Portugal.

ESPECIAL INFORMAÇÃO: VERDADE E CONSEQUÊNCIA - HOJE na RTP1


Num dia em que a visita de Al Gore põe em destaque as Alterações Climáticas, a RTP1 apresenta um programa dedicado ao tema, pelas 21h (em directo).

RTP
"As alterações climáticas e as suas consequências

O clima está a mudar.Saiba o que pode esperar.Os professores, Filipe Duarte Santos, Ricardo Aguiar, Rodrigo Oliveira e José Manuel Calheiros, são quatro cientistas portugueses que num programa especial da RTP, moderado por José Alberto Carvalho, explicam o que diz a ciência sobre as alterações climáticas."

Grande glaciação do Oligoceno pode ter favorecido os mamíferos

A grande glaciação do Oligoceno, há 33,5 milhões de anos, teve maior impacto no clima do que se julgava e favoreceu os mamíferos, devido à sua resistência às baixas temperaturas, concluiu uma equipa de cientistas norte-americanos, cujo estudo foi publicado na revista "Nature".

O estudo estima em 8,2 graus (com margem de erro de 3,1 graus) a queda das temperaturas médias num período de 400 mil anos.

"A importante alteração das temperaturas médias, muito superior à das temperaturas da superfície dos mares nas mesmas latitudes, explica as alterações da fauna, nos gastrópodes, anfíbios e répteis, enquanto que a maioria dos mamíferos da região não foi afectada", explica a equipa de Alessandro Zanazzi, da Universidade da Carolina do Sul.

Notícia completa: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1285006

Cientistas param raio de luz e libertam-no mais tarde

Uma equipa de físicos da Universidade de Harvard conseguiu parar um raio de luz numa matéria colocada a uma temperatura muito baixa e projectá-lo de novo à distância, a partir de outra concentração de matéria. Entre as duas acumulações de matéria estava um fosso de 160 micrómetros, uma distância ínfima à escala humana, mas substancial segundo as regras da física quântica, que reagem ao infinitamente pequeno.

Num artigo hoje publicado pela revista Nature, a equipa de Naomi Ginsberg explica ter dirigido um laser a um alvo formado por alguns átomos de matéria arrefecidos a temperaturas muito baixas. A algumas fracções de graus abaixo do zero absoluto (-273 graus) entra-se no mundo misterioso dos condensados de Bose-Einstein, um outro estado da matéria com propriedades físicas bastante diferentes dos tradicionais estados gasoso, líquido e sólido.

A essas temperaturas muito frias, parte dos átomos de matéria refugia-se num estado de energia o mais baixo possível. Os condensados de Bose-Einstein revelam aí as suas características desconcertantes onde as regras da física tradicional parecem não entrar. Na experiência norte-americana, os fotões do raio laser desaceleraram brutalmente, passando da velocidade da luz (300.000 kms/segundo) para 20 kms/hora, e pararam depois.

"A informação (a amplitude e a fase do sinal luminoso) ficou impressa como um holograma na matéria do condensado, dando origem a uma cópia absolutamente perfeita da pulsação da luz, mas sob a forma de matéria"

(...)

Retirado de Ciência Hoje.
Notícia completa: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=17513&op=all

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Nuvens detectadas em Titan



Foi recentemente detectada uma grande nuvem (do tamanho dos EUA) sobre o pólo norte de uma das luas de Saturno - Titan. Pensa-se que esta nuvem será essencialmente constituída por etano, metano e diversos tipos de matéria orgânica. Esta poderia ser a fonte dos lagos de metano detectados nesta mesma lua no verão passado (methane lakes spotted near the pole last summer).

Estas imagens, obtidas através da sonda Cassini, são evidências de que Titan possui um ciclo do metano similar ao ciclo da água na Terra, com massas de metano liquidas que evaporam para formar nuvens e que em seguida voltam à superfície do planeta sobre a forma de chuva.

Estes factos permitem eleger Titan como um dos principais candidatos a planeta onde a vida poderá ter-se desenvolvido.

Adaptado de http://news.nationalgeographic.com/news/2007/02/070202-titan-cloud.html

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Dos fundos abissais para Hollywood?


Digam o que disserem eu cá acho que este tubarão primitivo capturado no Japão já está a servir de modelo para o vilão de dente afiado (aliás, de três pontas afiadas...) da próxima sequela de Jaws.
Mais uma descoberta para nos recordar que não sabemos quase nada do que se passa no fundo dos oceanos e fazer pensar que outros seres fantásticos por lá andarão escondidos.

Mais informação e fotos na National Geographic, video aqui.

Stephen Colbert sobre as segundas opiniões da ExxonMobil



Stephen Colbert arrasa a "contribuição" da Exxon para o debate científico.

Sobre o vulcão de lama....

Atenção, esta lama é essencialmente constituida por uma mistura de sedimentos e uma fase fluida composta por hidrocarbonetos (principalmente metano) e água. O metano é dos mais poderosos gases de efeito de estufa. Numa extrusão como esta podem ser libertadas quantidades enormes deste gás. É fácil imaginar qual o impacto de uma extrusão como esta se continuar durante mais de um século. E este não é um caso isolado, longe disso. Estas extrusões ocorrem com grande frequencia no fundo do mar, quer naturalmente, quer por acção antrópica. Já por várias vezes referi, é importantíssimo contabilizar o metano libertado para a atmosfera deste modo. Sem que isso seja feito os modelos de previsão climática podem estar profundamente errados. Não há duvida de que o homem é o principal agente nestas alterações, mas uma extrusão como esta é devastadora em termos ambientais.

Só no Golfo de Cádis existem mais de quarenta vulcões de lama como este.
Actualmente estão documentadas ocorrências de vulcanismo de lama em 41 áreas emersa e 21 imersas. Segundo Milkov & Sassen (2003) foram identificados cerca de 1.100 vulcões de lama em terra e em margens continentais, e estima-se que possam existir nos taludes continentais e planícies abissais entre 1.100 e 100.000 vulcões de lama (ver figura).



Distribuição dos vulcões de lama: onshore – quadrados, offshore – círculos; cheios – provados, abertos – possíveis (Milkov, 2002).

Diagrama interpretativo de um vulcão de lama e sua estrutura interna. (Fonte: E. Kozlova, M. Ivanov, F. Baudin, C. Largeau,S. Derenne; adaptado de A. Akhmetzhanov).

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Vulcão de lama na Indonésia


Em Maio de 2006 trabalhos de prospecção para gás natural na ilha de Java, Indonésia, em que os procedimentos normais de segurança foram ignorados, furaram um aquífero pressurizado por debaixo de uma camada de calcário impermeável levando á fracturação da rocha e ascensão de uma mistura de água quente e lama sulfurosa e gases que ainda hoje corre.

Tendo sido já responsável pela inundação e cobertura de 4 km2 (podem ver fotos do antes e depois aqui) e desalojamento de 10000 pessoas os cientistas temem agora o abatimento tipo caldeira de 10 km2 da cratera deste vulcão de lama e que as lamas já libertadas se misturem com as águas da estação das chuvas provocando torrentes de lama ainda mais destruidoras. Para evitar tal cenário, engenheiros indonésios vão tentar estrangular o vulcão colocando correntes com esferas de cimento na sua chaminé, numa tentativa de diminuir a velocidade de extrusão da lama. Resta saber se este plano vai ser bem sucedido ou se, como foi já apontado por vários outros cientistas, vai apenas aumentar a pressão da lama e fazê-la encontrar outra via para atingir a superfície.

Impactos humanos e económicos à parte, esta pode ser uma excelente oportunidade para estudar a origem e evolução de um vulcão de lama, fenómeno relativamente raro à superfície, e neste caso, bastante impressionante, como se pode ver na pequena reportagem da BBC abaixo.



Mais sobre vulcões de lama aqui.

Notícia via Nature.

Tsunami de 26/12/2004 causado por dobramento ?


Um trabalho publicado este mês na Geology defende que o tsunami de Samatra foi provocado por dobramentos no topo de um (ou mais) cavalgamento(s) cego(s) e não por ruptura frágil.

A ler assim que a revista chegue aos escaparates.

in ScienceDaily, imagem de Geotimes.

Índia planeia enviar satélite à Lua em 2010

A Índia planeia enviar um satélite à Lua em 2010 e lançar uma missão tripulada para o espaço num prazo de oito anos, anunciou hoje o director da agência espacial indiana (ISRO), Madhavan Nair.

Notícia: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1284712

Especialistas em ambiente alertam para perigos da nanotecnologia

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) instou hoje os decisores políticos a procederem com urgência a uma avaliação da nanotecnologia, por considerar que a sua segurança requer um maior controlo e regulamentação.

Esta chamada de atenção consta de um relatório de 87 páginas sobre o ambiente global, apresentado hoje por aquela agência da ONU em Nairobi, na abertura Fórum Ministerial Global sobre Ambiente.

O documento, elaborado por 80 peritos de todo o mundo, diz ser prioritário o estudo dos potenciais riscos dos nanomateriais que estão já a ser produzidos em massa.

A nanotecnologia — a tecnologia do infinitamente pequeno — baseia-se na utilização de átomos como blocos de construção, tendo como escala o nanómetro, ou seja, um milionésimo de milímetro.

O seu objectivo é desenvolver novos produtos e materiais através da alteração ou criação de materiais a nível atómico e molecular, com aplicações em indústrias como a alimentar ou a farmacêutica, na cosmética ou na medicina.

Por exemplo, são já usados nanomateriais na produção de raquetes de ténis mais resistentes, de vestuário resistente às nódoas ou de janelas com auto-limpeza.

(...)

Segundo o relatório, não é claro o que acontece com as nanopartículas quando estas se libertam na atmosfera, na água ou no solo.

(...)

Notícia: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1284704

sábado, fevereiro 03, 2007

Geologia de Campo (VI)

Disjunção prismática em basaltos para todos os gostos:

Calçada dos Gigantes, Co. Antrim, Irlanda do Norte.


Soleira na ilha de Skye, Escócia.

Outra soleira na Ilha de Skye, com um padrão diferente (cliquem na foto para ampliar).

Chaminé da Torre da Besueira, Complexo Basáltico de Lisboa, Loures.

Penedo do Lexim, Complexo Basáltico de Lisboa, Mafra.

Chaminé do Cabeço de Montachique, Complexo Basáltico de Lisboa, Loures.

Para mais informações sobre disjunção colunar, o seu modo de formação e localidades famosas onde a mesma ocorre, cliquem aqui.

Nota: A pedido de várias famílias foi incluído o Cabeço de Montachique.

Relatório do IPCC

Clique aqui para obter uma cópia grátis em pdf do relatorio do IPCC (INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE):

Climate Change 2007: The Physical Science Basis, Summary for Policymakers

Presidente francês propõe uma ONU só para o Ambiente

O presidente francês, Jacques Chirac, apelou ontem em Paris a uma tripla "revolução" ecológica para que o mundo entre na era do desenvolvimento sustentado. "Estamos à beira do irreversível, chegou o tempo da revolução das consciências, da economia e da acção política", disse no discurso de abertura da conferência internacional de Paris, após o lançamento do relatório do IPCC.

Diante das cerca de duzentas personalidades políticas, científicas e culturais de 60 países, Chirac propôs a criação de uma Organização das Nações Unidas para o Ambiente. A ideia consiste em transformar o programa das Nações Unidas para o ambiente numa instituição independente, capaz de avaliar as ameaças ligadas às alterações climáticas e de pôr em prática as medidas decididas multilateralmente.

Chirac pretende que se constitua um grupo de países pioneiros para lançar as bases desta instituição.

(...)

Nicolas Hulot, apresentador de televisão francês e militante ecologista, encerrou a sessão com uma palavra de esperança, sublinhando que "o desafio ecológico encerra também a oportunidade de voltar a dar sentido à ideia de progresso".

in Diário de Notícas, 3-2-2007
http://dn.sapo.pt/2007/02/03/tema/presidente_frances_propoe_onu_para_o.html

300 milhões para pesquisa de petróleo no Alentejo

O consórcio liderado pela australiana Hardman Resources e participado pela Partex e pela Galp, que assinaram quinta-feira três contratos com o Estado português para pesquisa e exploração de hidrocarbonetos em águas profundas ao largo da Costa Vicentina, irá investir mais de 300 milhões de euros na fase inicial, de oito anos, caso os estudos feitos nos primeiros quatro indiciem que vale a pena avançar para as perfurações, disse ao DN o director-geral de Geologia e Energia, Miguel Barreto. Se for descoberto petróleo, o Estado ficará com royalties de 7% sobre o barril de crude.
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in Diário de Notícias, 3-2-2007
http://dn.sapo.pt/2007/02/03/economia/300_milhoes_para_pesquisa_petroleo_a.html