quarta-feira, novembro 14, 2007

No rasto da anti-matéria

Como pequeno complemento ao texto abaixo publicado pelo Joao Moedas, gostaria de apresentar aqui uma observaçao bastante comum relativamente à existência de anti-matéria no Universo.


Desde os anos 70 que se conhece a discrepância existente entre a velocidade orbital observada para as estrelas mais periféricas das galáxias espirais e a velocidade calculada, considerando a massa das restantes estrelas e a consequente atracçao gravítica a elas associada. O expectável seria que, com o progressivo afastamento das estrelas relativamente ao centro da galáxia, a sua velocidade orbital diminuísse. No entanto, o que se observa é que esta se mantém relativamente constante e, em alguns casos, chega mesmo a aumentar. Ou seja, a lei v = (GM/r)^1/2 nao é respeitada, como se pode observar no gráfico anexo a este texto.


Típica curva de rotaçao para uma galáxia espiral. A linha contínua representa a realidade observada e a linha descontínua resulta da aplicaçao da formula v = (GM/r)^1/2 para o caso da maior parte da massa da galáxia estar a 40 milhoes de anos luz do seu centro (Hawley and Holcomb., 1998, p. 390).


Dito de outra forma, considerando apenas a atracçao gravitacional das estrelas "observáveis", as estrelas das zonas periféricas deveriam sair disparadas das suas órbitras e as galáxias perderiam gradualmente os seus conteúdos estelares mais exteriores. Teria que haver mais massa, nao contabilizada anteriormente para explicar estas velocidades orbitais anómalas...



Galáxia espiral NGC 5248

O problema da anti-matéria nao se centra agora na possiblidade da sua existência, mas sim na sua distribuiçao no interior das galáxias.



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