quinta-feira, novembro 30, 2006

Do the evolution - Pearl Jam

I'm ahead,
I'm a man
I'm the first mammal to wear pants,
I'm at peace with my lust
I can kill 'cause in God I trust,
It's evolution, baby

I'm at peace,
I'm the man
Buying stocks on the day of the crash
On the loose, I'm a truck
All the rolling hills,
I'll flatten 'em out,
It's herd behavior,
It's evolution, baby

Admire me, admire my home
Admire my son,
he's my clone,



This land is mine,
this land is free
I'll do what I want but irresponsibly
It's evolution, baby
I'm a thief,
I'm a liar
There's my church, I sing in the choir: (hallelujah, hallelujah)

Admire me, admire my home
Admire my son,
admire my clones

'Cause we know, appetite for a nightly feast
Those ignorant Indians got nothin' on me
Nothin', why?
Because... it's evolution, baby!

I am ahead, I am advanced
I am the first mammal to make plans,
I crawled the earth, but now I'm higher
2010, watch it go to fire
It's evolution, baby

Do the evolution
Come on, come on, come on


Este teledisco diz tudo. Um dos melhores que vi até hoje. Uma crítica atenta à sociedade em que fazemos parte. É claro que podemos sempre dizer que a culpa do mal é do outro, que nós não somos assim.

No fim, a Terra é igual para todos e todos podemos sentir os erros, que embora não sejamos nós a cometer, não fizémos o suficiente para os impedir.

terça-feira, novembro 28, 2006

"Mais vale prevenir que remediar"

Assisti na semana passada a uma conferência de David Gee, coordenador de um estudo para a Agência Europeia do Ambiente. O título da conferência, "Better safe than sorry!". Traduzido ficará qualquer coisa como, "Mais vale prevenir que remediar."

A conferência centrava-se, essencialmente, na relação entre a ciência e as decisões políticas, principalmente políticas de saúde pública.

A investigação científica nem sempre se desenvolve tão depressa para agradar aos políticos e assegurar-lhes que tomam a decisão correcta. Por vezes acontece o contrário, e aos ouvidos mocos dos políticos, resta ao cientista dizer, depois de ter previsto e avisado sobre os acidentes, "eu bem avisei".

Na apresentação, David Gee, estabeleceu seis níveis de evidência para um cientista.

Some Levels of Evidence…..
6. Beyond all reasonable doubt
5. Reasonable certainty
4. Balance of probabilities/evidence
3. Strong possibility
2. Scientific suspicion of risk
1. Negligible/insignificant

Muitas vezes são precisas decisões difíceis. Para as apoiar, os estudos científicos. No caso da saúde pública, e até no caso dos riscos naturais, as certezas são difíceis de atingir. E o tempo que demora a evacuar uma aldeia antes de uma erupção, ou a tirar do mercado um medicamento, pode ser fatal. E, no caso das ciências, só através dessa fatalidade se atinge o último nível de evidência..."sem qualquer dúvida".
David Gee utilizou uma expressão curiosa: "Good for science, bad for public health." Ou seja, conseguiu-se atingir o nível máximo para uma evidência científica, mas o mal já estava feito.

...mais vale prevenir que remediar.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Global Warming


As mudanças estão a acontecer, é notório para qualquer um.

A incógnita é saber as verdadeiras causas, e consequentemente, as soluções. Independentemente disso, há muita coisa que se pode ir fazendo, há ainda muito que se pode evitar...antes que seja tarde de mais.

segunda-feira, novembro 20, 2006

L'Hymne De Nos Campagnes

Si tu es né dans une cité HLM
Je te dédicace ce poème
En espèrant qu'aux fonds de tes yeux ternes
Tu puisses y voir un petit brin d'herbe
Et les man faut faire la part des choses
Il est grand temps de faire une pose
De troquer cette vie morose
Contre le parfum d'une rose

Refrain :
C'est l'hymne de nos campagnes
De nos rivières, de nos montagnes
De la vie man, du monde animal
Crie-le bien fort use tes cordes vocales !

Pas de boulots, pas de diplomes
Partout la même odeur de zone
Plus rien n'agite tes neurônes
Pas même le shit que tu mets dans tes cônes
Va voir ailleurs, rien ne te retient
Va vite faire quelque chose de tes mains
Ne te retourne pas ici tu n'as rien
Et sois le premier à chanter ce refrain !

Refain

Assieds-toi près d'une rivière
Ecoute le coulis de l'eau sur la terre
Dis-toi qu'au bout, hé il y a la mer
Et que ça ça n'a rien d'héphémère
Tu comprendras alors que tu n'es rien
Comme celui avant toi, comme celui qui vient
Que le liquide qui coule dans tes mains
Te servira à vivre jusqu'à demain matin

Refain

Assieds-toi près d'un vieux chène
Et compare le à la race humaine
L'oxygène et l'ombre qu'il t'ammène
Mérite-t-il les coups de hache qui le saigne ?
Lève la tête, regarde ces feuilles
Tu verras peut-être un écureuil
Qui te regarde de tout son orgueuil
Sa maison est là, tu es sur le seuil...

Refrain

Peut-être que je parle pour ne rien dire
Que quand tu m'écoutes tu as envie de rire
Et si le béton est ton avenir
Dis toi que c'est la forêt qui fait que tu respires
J'aimerais pour tous les animaux
Que tu captes le message de mes mots
Car un lopin de terre, une tige de roseau
Servira la croissance de tes marmots !
Servira la croissance de tes marmots !

Refrain

tryo - mamagubida

segunda-feira, novembro 13, 2006

Mais um livro que se lê...e recomenda.

Já vi o filme, já o recomendei...(re)recomendo-o.

O livro, chegou-me às mãos e posso dizer, é uma bela obra de/para colecção. Dá gosto ler, ver e aprender sobre este tema tão, tão..."pesado". Quando o tema das alterações climáticas se começa a entrever em qualquer conferência, debate, filme, etc, etc...é o primeiro passo para o "abandono cerebral" da assistência. A excepção, os "entendidos". Que, "coitados", não bastava já a incompreensão sobre aquilo que estudam e a luta, quase inglória, por um melhor ambiente para TODOS, ainda são apelidados de..."entendidos".

Este senhor veio mudar isso. Primeiro ponto de viragem...apercebeu-se, em bom tempo, de que era mesmo preciso (e insiste) falar sobre as alterações climáticas. Não porque gosta do seu quintal e dos rios da sua aldeia, mas porque quer que os seus filhos, netos, etc, desfrutem desse "ambiente" que ele insiste em defender. O segundo, apercebeu-se de que ninguém o ouvia, e mesmo hoje, aqueles a quem mais devia interessar...são os primeiros a dedicar-lhe o seu "abandono cerebral"... Por isso mudou a direcção do seu discurso e...

Mudou a linguagem, acrescentou-lhe a proximidade, a presença de personagem, a re-invenção de heróis e carrascos, uma história de amor, sem esquecer...as alterações climáticas.

O livro e o filme são um só. Mas é necessário tê-lo em casa. Tal como o filme, e provavelmente as palestras, o livro é um convite sincero ao "não abandono cerebral". Mais uma tentaiva de "despertar", de dar a entender aos "não-entendidos" que a responsabilidade é de todos, de que a realidade existe e de que é possível fazermos parte dela, da melhor maneira que pudermos.

Nos escuteiros aprendi assim...

"Think global, act local!"
...para que ninguém se dedique ao abandono cerebral desta última frase...faço a comparação muito utilizada para grandes projectos ou construções...
...por muito grande que seja a obra, é sempre preciso pôr peça por peça, tijolo sobre tijolo, dar pés às pontes...

terça-feira, novembro 07, 2006

Ciclo de Conferências

Quintas da Ciência: " Do grão ao Planeta"
18:30 - Entrada Livre
Biblioteca Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária, Rua Alberto de Sousa, Zona B do Rego
217 802 760




2.Nov - Sismos Escondidos; João Cabral

9.Nov - Um Oceano nas Paisagens da Planície Alentejana - O Rheic - de Beja ao Sul de Inglaterra; Paulo Fonseca

16.Nov - Minas e Armadilhas; Jorge Relvas

23.Nov - Portugal ao Microscópio; Isabel Costa

30.Nov - As Tremuras dos Açores: Sismos, Fósseis, Passados e Recentes; José Madeira

7.Dez - Em busca do Petróleo escondido; Nuno Pimentel

14.Dez - Ser geólogo na Guiné-Bissau; Paulo Hagendorn Alves

11.Jan - Uma viagem aérea pela Geologia do mundo virtual; Nuno Pimentel

18.Jan - A memória dos grãos de quartzo: o passado num grão de areia; Teresa Azevedo

25.Jan - Lamas em Albufeiras: de problema a recurso; Fernando Barriga

1.Fev - Dinossáurios da Mongólia; Carlos Marques da Silva

8.Fev - Búzios em Terra, alterações climáticas no Mar; Carlos Marques da Silva

15.Fev - Fósseis em vulcões: Porto Santo (Madeira); Mário Cachão

22.Fev - Os metais no ambiente superficial da Terra; Mário Abel Gonçalves

1.Mar - Geoturismo e Geologia Virtual: novas abordagens do ensino da Geologia; Maria Teresa Mira de Azevedo

8.Mar - Fósseis em vulcões: Santa Maria (Açores); Mário Cachão

15.Mar - As viagens da água no interior do planeta; Catarina Silva

22.Mar - Portugal calcário; José Crispim

29.Mar - Do que se alimentam as praias. Grão a grão...

12.Abr - Areias: todas iguais, todas diferentes; Maria Conceição Freitas

segunda-feira, novembro 06, 2006

Importância do conhecimento geológico

É o conhecimento geológico que permite compreender as condições que presidem à localização, natureza e quantidade de um enorme leque de recursos naturais essenciais à manutenção da qualidade de vida das populações e seu desenvolvimento económico, como é o caso dos solos, das águas subterrâneas e dos recursos minerais e energéticos. Permite compreender e contribuir para a prevenção de catástrofes associadas a uma grande diversidade de riscos naturais, como sejam os sismos, as erupções vulcânicas e deslizamentos de terrenos e ainda aqueles com repercussões na saúde pública, como as emissões radioactivas naturais de radão e o excesso ou deficiência de elementos traço em solos e águas, como o arsénio, o flúor e o iodo.

É também o conhecimento geológico que permite determinar os melhores e mais seguros locais para a construção de edifícios e outras infra-estruturas civis, onde se pode captar água de boa qualidade para consumo, onde se localizam os melhores locais para a deposição de resíduos consoante a sua natureza, onde se podem construir infra-estruturas subterrâneas como túneis, armazenamento de gás natural, entre muitos outros. Em suma, o conhecimento geológico é estruturante da sociedade e está na base do Ordenamento do Território.

A detenção de informação geológica é, assim, uma mais-valia de extrema importância e imprescindível às políticas públicas e programas que visam o ordenamento do território, a protecção ambiental, saúde pública e a gestão dos recursos geológicos (energéticos, minerais e hídricos). É neste contexto que a nível mundial a grande maioria dos estados considera a detenção de informação geológica relativa aos seus territórios como um factor estratégico para a sua gestão, valorização e desenvolvimento, razão pela qual detêm a missão de a adquirir, gerir e difundir através de organismos autónomos e independentes da rotatividade do poder político. Ainda recentemente, o agora reeleito Presidente do Brasil, Lula da Silva, afirmou que “o conhecimento geológico é tão importante como a construção de estradas e caminhos-de-ferro”.


Fernano Santana